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CiĂȘncia & Tecnologia

Contexto ambiental tem forte influĂȘncia na dependĂȘncia de drogas, mostra estudo

Redação
Atualizado em 2023/05/31 at 1:36 PM
Redação 2 anos atrås
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Pesquisadores observaram comportamento e estruturas cerebrais de camundongos após desenvolvimento de vício em cocaína e observaram maior agitação e ativação encefålica nos animais que relacionavam o uso da cocaína a um determinado ambiente (foto: arquivo do pesquisador)
Pesquisadores observaram comportamento e estruturas cerebrais de camundongos após desenvolvimento de vício em cocaína e observaram maior agitação e ativação encefålica nos animais que relacionavam o uso da cocaína a um determinado ambiente (foto: arquivo do pesquisador)
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O contexto ambiental desempenha um papel fundamental na compulsĂŁo por drogas de abuso, funcionando como uma espĂ©cie de gatilho, revela um estudo que envolveu pesquisadores das universidades Federal de SĂŁo Paulo (Unifesp), Federal do EspĂ­rito Santo (Ufes), Estadual de Santa Cruz (Uesc) e de Bristol (Inglaterra). O grupo analisou o comportamento e as estruturas cerebrais envolvidas no processo de dependĂȘncia por cocaĂ­na em modelo animal. Os resultados foram publicados recentemente na revista Biomedicines.

“Foi surpreendente ver a força do ambiente interferindo no contexto da dependĂȘncia, algo que, de acordo com a literatura cientĂ­fica, acontece com diversas drogas com potencial de abuso, lĂ­citas e ilĂ­citas, como ĂĄlcool e opioides”

DIZ BEATRIZ MONTEIRO LONGO, PROFESSORA DE NEUROFISIOLOGIA DA UNIFESP E COORDENADORA DO TRABALHO.

O estudo contou com apoio da FAPESP por meio de dois projetos (22/10520-0 e 2022/00249-8) e acompanhou camundongos fĂȘmeas (escolhidas pela maior suscetibilidade a drogas e pela resposta comportamental rĂĄpida, conforme estabelecido na literatura) em dois experimentos que envolviam a injeção de cocaĂ­na tanto nas gaiolas-moradia, onde os animais passavam a maior parte do tempo, quanto em um local neutro, chamado pelos cientistas de campo aberto.

As duas experiĂȘncias seguiram a mesma rotina. Inicialmente, houve uma fase de preparação, na qual, durante trĂȘs dias consecutivos, todos os animais foram levados por dez minutos ao campo aberto para se habituarem. Ao final, sua atividade locomotora basal foi medida e eles foram distribuĂ­dos em trĂȘs grupos.

Os animais do grupo que funcionou como controle receberam apenas solução salina dentro de suas gaiolas-moradia, cinco minutos antes de serem levados ao campo aberto, onde permaneceram por dez minutos. EntĂŁo, retornaram Ă  moradia, onde, duas horas mais tarde, receberam novamente solução salina. Para os animais do segundo grupo, foi administrada uma primeira injeção de cocaĂ­na durante a permanĂȘncia no campo aberto e, apĂłs duas horas, os animais receberam uma segunda injeção, mas de solução salina, em suas gaiolas-casa. Ao terceiro grupo foi dada a primeira injeção de solução salina no campo aberto e a segunda injeção de cocaĂ­na nas gaiolas. Ou seja, os dois grupos que receberam cocaĂ­na tiveram o mesmo histĂłrico farmacolĂłgico (receberam a mesma droga na mesma dose), sendo que um grupo associava os efeitos psicoestimulantes da cocaĂ­na com o ambiente (campo aberto) e o outro, nĂŁo.

A intervenção foi feita a cada dois dias, durante duas semanas, tempo suficiente para o desenvolvimento da dependĂȘncia, que foi observada por uma resposta comportamental progressiva e persistente de hiperlocomoção.

No primeiro experimento, a atividade locomotora dos animais voltou a ser avaliada no Ășltimo dia de tratamento. O grupo que recebeu cocaĂ­na de forma pareada ao campo aberto apresentou aumento significativo na atividade locomotora quando comparado ao grupo-controle e a ele mesmo no primeiro dia de injeção.

No segundo experimento, depois de todo o procedimento, os camundongos foram mantidos por dez dias em suas gaiolas sem receber substĂąncias para, entĂŁo, serem ali desafiados com cocaĂ­na e, na sequĂȘncia, serem expostos ao campo aberto por dez minutos.

Como esperado, os dois grupos que haviam recebido a droga apresentaram aumento na atividade locomotora. PorĂ©m, no grupo injetado com cocaĂ­na no campo aberto, a movimentação foi ainda mais intensa. Segundo os pesquisadores, essa agitação retrata o efeito farmacolĂłgico da droga, que se soma ao efeito do ambiente na fase de expressĂŁo da dependĂȘncia, que mimetizaria o desejo compulsivo pela droga em humanos quando o vĂ­cio jĂĄ estĂĄ estabelecido.

“Para entendermos o que isso significa em seres humanos, basta pensar na pessoa que sempre bebe em determinado barzinho e, quando passa na frente dele, imediatamente sente vontade de entrar e tomar uma cerveja”

EXEMPLIFICA LONGO.

O que acontece no cérebro

Para acompanhar como cada etapa do desenvolvimento da dependĂȘncia funciona os cientistas analisaram, alĂ©m do comportamento, as diferentes estruturas encefĂĄlicas dos animais dos trĂȘs grupos por meio da quantificação da proteĂ­na c-Fos, que funciona como um marcador da atividade neuronal e regulador intracelular das alteraçÔes causadas pela cocaĂ­na. Nessa avaliação foi empregada uma inovadora anĂĄlise quantitativa de imagens 3D, conhecida como estereologia. Os cientistas constataram a ativação de ĂĄreas lĂ­mbicas, relacionadas ao controle de emoçÔes e comportamentos.

“Observamos ainda que as ĂĄreas cerebrais com atividades aumentadas sĂŁo diferentes de uma fase para a outra: na primeira [fase da indução], todas as ĂĄreas do sistema lĂ­mbico investigadas [cĂłrtex prĂ©-frontal dorsomedial, nĂșcleo accumbens core, amĂ­gdala basolateral e ĂĄrea tegmental ventral] estavam mais ativadas, mostrando que essas estruturas seriam importantes para o desenvolvimento da dependĂȘncia; jĂĄ na expressĂŁo da dependĂȘncia [vĂ­cio cestabelecido], algumas nĂŁo estavam expressas”, diz Renan Santos-Baldaia, doutor em farmacologia, professor da Universidade Nove de Julho (Uninove) e primeiro autor do estudo. Foi o caso da ĂĄrea tegmental ventral, importante para a liberação de dopamina, neurotransmissor ligado ao sistema de recompensa do cĂ©rebro, o que sugere que as ĂĄreas analisadas participam de forma distinta nas duas fases.

Tratamento e polĂ­ticas pĂșblicas

Os resultados do estudo ajudam a apontar possĂ­veis caminhos para o tratamento da dependĂȘncia quĂ­mica. “Por conta de sua complexidade, envolvendo inĂșmeras estruturas encefĂĄlicas, e do impacto que sofre do ambiente, modulĂĄ-la apenas farmacologicamente talvez nĂŁo seja a melhor alternativa – atuar no ambiente, inclusive, talvez seja mais viĂĄvel”, acredita Santos-Baldaia.

“AlĂ©m disso, sabendo que o ambiente tem tanta influĂȘncia no vĂ­cio, serĂĄ que a melhor opção para um dependente quĂ­mico Ă© isolĂĄ-lo da sociedade em uma clĂ­nica de reabilitação, que o tira do contexto, mas leva a uma chance de recaĂ­da muito grande no retorno ao ambiente anterior? Ou seria melhor, de alguma forma, substituir o prazer farmacolĂłgico?”

Nesse caso, o estudo acende um alerta importante para a necessidade de polĂ­ticas pĂșblicas que transformem ambientes sem oportunidades culturais e de lazer, como as periferias, por exemplo, para que o prazer farmacolĂłgico nĂŁo seja a Ășnica opção.

O artigo Distinctive Neuroanatomic Regions Involved in Cocaine-Induced Behavioral Sensitization in Mice pode ser lido em: https://doi.org/10.3390/biomedicines11020383.

Da AgĂȘncia FAPESP

Por Julia MoiĂłli

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Termos Contexto ambiental, DependĂȘncia de drogas, Estudo, Pesquisa
Redação 31/05/2023 31/05/2023
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Por Redação
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