O Tribunal Regional da 1ª Região (TRF-1) anulou, nesta terça-feira (16/05), a decisão do juiz Fabiano Verli, que negava ouvir as testemunhas de defesa dos réus do assassinato do indigenista brasileiro Bruno Pereira, e do jornalista britânico Dom Philips. Novas oitivas serão marcadas, tanto para as testemunhas quanto para os acusados.
Por unanimidade, a 4ª turma do TRF-1 concedeu parcialmente o habeas corpus da defesa de Amarildo da Costa de Oliveira, Oseney da Costa de Oliveira e Jefferson da Silva Lima. Os três estão presos em presídios federais e prestaram depoimento no dia 8 de maio deste ano. As oitivas devem voltar a acontecer na data que ainda deve ser marcada após a decisão do TRF1.
“O tribunal entendeu que a decisão do juiz de indeferir a oitiva dos pescadores e dos familiares dos acusados era injusta”, disseram em nota os advogados de defesa, Goreth Rubim, Lucas Sá, Américo Leal e Gilberto Alves.
Bruno e Dom desapareceram quando faziam uma expedição para uma investigação na Amazônia, e foram vistos pela última vez no dia 5 de junho de 2022, quando passavam em uma embarcação pela comunidade de São Rafael. As vítimas foram mortas a tiros, e tiveram seus corpos esquartejados, queimados e enterrados.