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Cidades

ViolĂȘncias na fase escolar causam impacto para a vida toda, diz especialista em trauma

Redação
Atualizado em 2023/03/30 at 2:49 PM
Redação 2 anos atrås
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EpisĂłdios traumĂĄticos como o assassinato da professora Elisabeth Tenreiro precisam de açÔes individuais, coletivas e suporte de especialistas em saĂșde mental, explica a especialista em trauma Ediane Ribeiro. (CrĂ©dito: Fernando FrazĂŁo/AgĂȘncia Brasil)
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A definição estĂĄ nos dicionĂĄrios: trauma Ă© uma vivĂȘncia profunda (medo, susto, perda etc.) que pode ocasionar sentimentos ou comportamentos desordenados e perturbaçÔes neurĂłticas posteriores. Oriunda do grego, significa ferida, como a que foi aberta com o assassinato da professora Elisabeth Tenreiro por um aluno de 13 anos, armado com uma faca. O crime aconteceu na Escola Estadual Thomazia Montoro, em SĂŁo Paulo (SP), na manhĂŁ da segunda-feira, 27 de março, somando 36 pessoas mortas como vĂ­timas de atentados a escolas no paĂ­s. 

O relatĂłrio â€œO extremismo de direita entre adolescentes e jovens no Brasil: ataques Ă s escolas e alternativas para a ação governamental”, orientado por Daniel Cara, professor da Faculdade de Educação da USP (Universidade de SĂŁo Paulo) e integrante da Campanha Nacional pelo Direito Ă  Educação, apresentado durante a transição do governo federal em dezembro de 2022, aponta: “A entrada de uma pessoa armada em um ambiente escolar que assassina e fere uma ou mais pessoas dessa escola gera um trauma para as vĂ­timas, seus familiares e testemunhas, mas, para alĂ©m disso, esse trauma atinge toda a comunidade escolar e local, alĂ©m de refletir em toda sociedade”.

Como lidar com o estresse pĂłs-traumĂĄtico, enfrentado mais uma vez pela comunidade escolar depois do ataque Ă  escola paulistana? Como as reaçÔes podem impactar a vida de professores, estudantes e famĂ­lias? O que Ă© preciso fazer para acolher esse grupo? Para responder a tais questĂ”es, o Porvir conversou com a psicĂłloga Ediane Ribeiro, especialista em trauma. Confira:

Como lidar com o trauma depois de um assassinato como o ocorrido na Escola Thomazia Montoro?

Ediane Ribeiro – A exposição a uma violĂȘncia dessa grandeza Ă© um trauma de choque e precisa de açÔes, tanto individuais quanto coletivas. No Ăąmbito individual, todas as pessoas envolvidas – familiares da professora assassinada, da criança que era o alvo da agressĂŁo, todas as crianças e os funcionĂĄrios da escola – precisam receber acolhimento e suporte da sua rede de apoio, de familiares e amigos. É tambĂ©m muito indicada uma intervenção precoce de profissionais da ĂĄrea de saĂșde mental e emocional que possam ajudar a compreender como essa experiĂȘncia estĂĄ sendo processada por cada uma dessas pessoas, a fim de ajudĂĄ-las com tĂ©cnicas que possam reequilibrar o sistema emocional extremamente abalado. NĂŁo Ă© um tipo de situação que dĂĄ para a escola voltar a funcionar normalmente, como se nada tivesse acontecido. TambĂ©m Ă© preciso que o tema seja tratado coletivamente, dentro do ambiente no qual aconteceu a situação. A escola precisa criar espaços para que alunos, professores e funcionĂĄrios possam compartilhar suas sensaçÔes para terem a oportunidade de falar nĂŁo sĂł do trauma em si, o que nem Ă© tĂŁo indicado nesse momento, mas para que eles possam reconhecer no coletivo reaçÔes que sĂŁo naturais a esse processo. 

Quais são essas reaçÔes?

Ediane Ribeiro – Nesse tipo de trauma, Ă© natural que nas prĂłximas semanas sejam vivenciadas reaçÔes agudas de estresse, com alteraçÔes de sono, pesadelos, sensação de alerta constante, sobressaltos. A ansiedade tambĂ©m aumenta, o coração acelera, a respiração altera, hĂĄ aperto no peito, dificuldade para relaxar, aumento da irritabilidade. ExplosĂ”es de raiva ou tentativas de evitar contato com a situação, como nĂŁo querer voltar Ă  escola ou nĂŁo querer contato com as pessoas presentes no dia, trazem uma sensação de anestesia emocional. Todas essas situaçÔes fazem parte, sĂŁo um conjunto de sinais e sintomas da reação aguda ao estresse e sĂŁo esperadas nas primeiras semanas. Reconhecer isso coletivamente vai ajudar a processar a experiĂȘncia. Juntas, essas pessoas podem encontrar medidas de restabelecimento do senso de segurança. Por isso, rodas de conversa na escola, grupos de acolhimento mediados por pessoas que possam ajudar a encontrar estratĂ©gias de adaptação a essa fase de regulação do sistema emocional sĂŁo muito importantes e muito indicadas. 

No campo da psicologia, como as violĂȘncias fĂ­sicas e simbĂłlicas na escola impactam a vida do estudante?

Ediane Ribeiro – As violĂȘncias sofridas ou presenciadas na fase escolar, sejam psicolĂłgicas, fĂ­sicas ou simbĂłlicas, podem deixar repercussĂ”es para a vida inteira. Nessa etapa da vida, estamos em uma fase do desenvolvimento do cĂ©rebro muito vulnerĂĄvel Ă  alteração a partir das experiĂȘncias que vivemos. O nosso sistema nervoso, principalmente o cĂ©rebro, termina a sua maturação ali por volta da segunda dĂ©cada de vida, ou seja, por volta dos 24 aos 26 anos.

Quais marcas a violĂȘncia sofrida enquanto estamos na escola pode deixar?

Ediane Ribeiro – Na vida adulta, pode deixar marcas na capacidade de regulação emocional,  na capacidade de construir vĂ­nculos de segurança, de controlar impulsos. TambĂ©m pode afetar funçÔes como atenção, planejamento, raciocĂ­nio lĂłgico. Alguns tipos de memĂłrias podem ter repercussĂ”es para a vida toda, desde prejudicar os relacionamentos, causando comportamentos nas relaçÔes como dependĂȘncia emocional, pela falta do senso de segurança
 Podem ter muitas repercussĂ”es na forma como essas pessoas se relacionam com os outros, bem como abrir uma janela para ansiedade, depressĂŁo, transtorno do estresse pĂłs-traumĂĄtico, complexo ou o transtorno do estresse pĂłs-traumĂĄtico propriamente dito. Ou, ainda, essa janela pode ser aberta a comportamentos disfuncionais, como compulsĂ”es e vĂ­cios. Na idade escolar, estamos buscando pertencimento, tentando entender de quais grupos fazemos parte. É uma fase em que as experiĂȘncias violentas e traumĂĄticas podem deixar repercussĂ”es que duram a vida inteira.

O racismo e os discursos segregadores, por muitas vezes, podem ser pontos de partida para atos violentos. Como a psicologia explica esse tipo de atitude?

Ediane Ribeiro – Na fase escolar, estamos vulnerĂĄveis Ă s referĂȘncias externas. Ainda tentando entender quem somos, quais os nossos limites. Caso essas referĂȘncias sobre comportamento e questĂ”es sociais nĂŁo forem fortes na famĂ­lia, na escola e em todos os grupos dos quais a criança e o adolescente fazem parte, eles ficam sem limites, sem bordas, e vĂŁo buscar essas bordas naquilo que parece mais concreto, mais firme. É nesse momento que estĂŁo mais vulnerĂĄveis aos discursos extremistas e segregadores, porque esses grupos trabalham na oferta de uma segurança de um discurso que vai te dar segurança de quem vocĂȘ Ă©.

E como combater ou evitar essa aproximação com esse tipo de influĂȘncia?

Ediane Ribeiro – É importante que dentro de casa, na famĂ­lia e na escola existam referĂȘncias que contraponham com o mesmo grau de segurança. Precisamos, urgentemente, de uma educação antirracista, voltada ao letramento racial, que promova a discussĂŁo em todos os ambientes da famĂ­lia e da escola sobre igualdade racial, para que essas crianças e esses adolescentes tenham referĂȘncias sĂłlidas e nĂŁo precisem buscar a sua segurança, o seu limite, em agrupamentos que estĂŁo propagando violĂȘncia, segregação, discriminação e preconceitos.

Da AgĂȘncia Porvir

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Termos #escola, #impacto, #traumas, #violĂȘncia
Redação 30/03/2023 01/04/2023
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Por Redação
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