Além de shows, a banda Cocada Baré faz uma ação social para promover a aprendizagem do ritmo entre crianças, jovens e adultos. A próxima oficina gratuita será no sábado (22).
Zabumba, alfaia, atabaque, pandeiro, agbê e ganzá são alguns dos instrumentos usados para interpretação de músicas do coco de roda, ritmo que nasceu dos batuques africanos e indígenas em engenhos de açúcar do Nordeste e se tornou um dos movimentos culturais brasileiros. Interessados em aprender a tocar esses instrumentos poderão participar gratuitamente de uma oficina do projeto Quebrando o Coco, no sábado (22), às 18h, na Praça Paulo Jacob (BK), Centro de Manaus.
O projeto Quebrando o Coco, que é uma iniciativa do grupo musical Cocada Baré, nasceu com intuito de resgatar a ancestralidade afro-indígena e valorizar as influências culturais do Nordeste na Amazônia. Um resgate cultural por meio de oficinas gratuitas destinadas a adultos, jovens e crianças.
“É necessário incentivarmos os jovens e crianças no desenvolvimento de suas criatividades e potencialidades artísticas. Acreditamos que através do ensino do coco de roda, além de estimularmos a criação musical, também difundimos a história que fundamenta essa prática cultural, tendo em vista principalmente promover o reconhecimento e a valorização da diversidade cultural”, acredita a produtora cultural e cantora Andarilha.
O projeto foi contemplado pelo edital Manaus Faz Cultura 2022, da Prefeitura de Manaus.
COMO PARTICIPAR
Interessados podem ir diretamente no local na data do evento e participar livremente sem inscrição prévia. Também não há a necessidade de levar instrumentos ou ter experiência musical.
“Em torno de 80 pessoas estiveram presentes durante esses ciclos de oficinas. Primeiro houve o primeiro ciclo que iniciou dia 4 de fevereiro à 4 de março. O segundo ciclo de oficinas teve início no começo de abril no dia 1 e irá até o dia 22, quando haverá o nosso o encerramento do projeto”, explica Andarilha.
A oficina contará com a presença dos músicos do Cocada Baré: Susana Cláudia, Andarilha, Jessica Oliveira, Nika Yuki e Eron Oliveira.
COMPARTILHAR SABERES
Segundo a organização do projeto Quebrando o Coco, um dos principais legados da ação é a troca de experiências entre os músicos e o público participante.
“Com certeza esse é um dos propósitos que fazem parte de nossa caminhada, principalmente porque a cultura popular é compartilhamento de saberes. É estar ocupando as ruas, difundindo a arte e cultura afro-indígena. Após todo esse ciclo de oficinas, conseguimos nos fortalecer através de uma rede de pessoas que se somaram a causa que fazer o coco de roda aqui na cidade de Manaus. Certamente estamos mais revigorados e engrandecidos através das trocas de ensino e aprendizagem que tivemos com cada pessoa que compareceu as oficinas”, acrescenta Andarilha.