Levantamento da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) aponta que 121.403 motocicletas saíram das linhas de montagem do PIM (Polo Industrial de Manaus) em fevereiro. O volume é 13,4% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado (107.046 unidades) e 1,2% menor na comparação com janeiro (122.917 motocicletas).
A produção totalizou 244.320 unidades no primeiro bimestre de 2023, aumento de 28,1% em relação ao mesmo período de 2022 (190.789 motocicletas). “Apesar do menor número de dias úteis devido ao feriado de Carnaval, todas as unidades fabris operaram normalmente em fevereiro e aceleraram o ritmo de produção”, afirma o presidente, Marcos Fermanian.
A produção alcançada em fevereiro foi a melhor registrada para o mês desde 2014, quando foram fabricadas 140.259 unidades. O primeiro bimestre foi o melhor desempenho em dez anos (286.816 motocicletas).
Na análise de Fermanian, “o segmento iniciou o ano de 2023 acelerando a produção. Com a tendência de alta nos próximos meses, vamos em busca do equilíbrio entre oferta e demanda com os consumidores”, avalia.
Para este ano, a estimativa da Abraciclo é que a produção totalize 1.550.000 unidades, o que corresponde a um crescimento de 9,7% na comparação com o ano passado (1.413.222 motocicletas).
Vendas no varejo
Com 100.613 motocicletas emplacadas, fevereiro fechou com aumento de 34,2% na comparação com o mesmo mês de 2022 (74.972 unidades) e retração de 9% em relação a janeiro (110.561 motocicletas). Segundo dados da Abraciclo, os negócios no varejo também atingiram o melhor resultado em dez anos. Naquele ano, os licenciamentos somaram 119.462 unidades.
Devido ao feriado de Carnaval, o mês teve 18 dias úteis, quatro a menos que janeiro. A média diária de licenciamentos foi de 5.590 unidades/dia, alta de 11,2% em relação ao mês anterior (5.026 motocicletas/dia). Na comparação com fevereiro de 2022, que teve 20 dias úteis, o aumento foi de 49,1% (3.749 unidades/dia).
A categoria mais emplacada em fevereiro foi a Street, com 52.474 unidades e 52,2% do mercado. Na sequência do ranking, ficaram a Trail (18.335 motocicletas e 18,2% de participação) e a Motoneta (14.039 unidades e 14%).
Veja o ranking e a comparação com o mês e ano anteriores:
As motocicletas de baixa cilindrada totalizaram 83.042 emplacamentos, o que corresponde a 82,5% do mercado. Já os modelos de média cilindrada representaram 14,5% dos licenciamentos (14.595 unidades) e os de alta cilindrada somaram 3% dos negócios no varejo (2.976 motocicletas). A compra de modelos de média cilindrada cresceu 42,5% em um ano, enquanto a de alta cilindrada aumentou 11,5%.
No primeiro bimestre foram emplacadas 211.174 motocicletas, volume 28,3% superior ao registrado no mesmo período de 2022 (164.633 unidades). A Abraciclo estima que este ano sejam licenciadas 1.490.000 motocicletas, alta de 9,4% em relação a 2022 (1.361.941 unidades).
Mercado por região
Com 39.174 motocicletas emplacadas e 38,9% do mercado, a região Sudeste liderou o ranking de licenciamento em fevereiro. A região Nordeste ficou em segundo lugar (28.695 unidades e 28,5% de participação). Na sequência vieram as regiões Norte (13.224 motocicletas e 13,1%), Centro-Oeste (10.376 unidades e 10,3%) e Sul (9.144 motocicletas e 9,1%).
As posições foram mantidas no levantamento do primeiro bimestre: Sudeste (81.434 motocicletas e 38,6% do mercado), Nordeste (61.824 unidades e 29,3%), Norte (27.221 motocicletas e 12,9%), Centro-Oeste (21.026 unidades e 10%) e Sul (19.669 motocicletas e 9,3%).
Exportações
No mês passado, os embarques somaram 3.198 unidades. O volume é 3,5% menor às 3.315 motocicletas exportadas em fevereiro de 2022. Na comparação com janeiro, houve queda de 25% (4.265 unidades).
De acordo com levantamento do Comex Stat, que registra os embarques totais de cada mês, analisados pela Abraciclo, a Colômbia foi o principal mercado. O país vizinho recebeu 1.806 unidades, o que corresponde a 37,8% do total exportado. Em segundo lugar, ficaram os Estados Unidos (699 motocicletas e 14,6% das exportações), seguidos pela Austrália (512 unidades e 10,7%).
Nos dois primeiros meses do ano, foram exportadas 7.463 motocicletas, aumento de 12,3% na comparação com o mesmo período de 2022 (6.643 unidades).
Segundo dados do Comex Stat, analisados pela Abraciclo, a Colômbia também liderou o ranking do acumulado do ano, com 2.810 unidades e 25,6% das exportações. A Argentina ocupou a segunda posição (2.740 motocicletas e 25% do volume total exportado), seguida pelos Estados Unidos (1.315 unidades e 12%).
Para este ano, a previsão da Abraciclo é que as exportações deverão alcançar 59.000 unidades, o que corresponde a um crescimento de 6,6% sobre as 55.338 motocicletas embarcadas no ano passado.
Frases – Marcos Fermanian
Presidente da Abraciclo
“Em fevereiro, foram produzidas 121.403 motocicletas no Polo Industrial de Manaus. O volume é 1,2% menor ao registado em janeiro, devido ao número menor de dias úteis por conta do Carnaval. Assim como janeiro, as unidades fabris operaram normalmente e aceleraram o ritmo de produção”.
“O segmento deverá manter a tendência de alta nos próximos meses. Afinal, hoje a motocicleta representa uma opção de deslocamento rápido e econômico, e pode ser utilizada como instrumento de trabalho para quem atua nos serviços de entrega ou quer complementar a renda”.
“Aos poucos, estamos equilibrando a oferta com a demanda dos consumidores”.
“A compra de modelos de média cilindrada cresceu 42,5% em um ano, enquanto a de alta cilindrada aumentou 11,5%. São pessoas que utilizam a motocicleta principalmente para o lazer”.
Glossário de Motocicletas:
Sobre a ABRACICLO e o Setor de Duas Rodas
Com 46 anos de história e contando com 14 associadas, a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – ABRACICLO representa os fabricantes de veículos de duas rodas no país, tendo como principal missão o desenvolvimento e fomento do setor por meio de ações baseadas em três pilares: Política Industrial, Segurança Viária e Técnico.
A fabricação nacional de motocicletas, quase totalmente concentrada no Polo Industrial de Manaus (PIM), está entre as sete maiores do mundo. No segmento de bicicletas, com as principais fábricas também instaladas no PIM, o Brasil se encontra na quarta posição entre os principais produtores mundiais. No total, as fabricantes do Setor de Duas Rodas geram cerca de 15 mil empregos diretos em Manaus/AM.