O Instituto de Defesa do Consumidor (Procon-AM) emitiu um alerta à população amazonense, nesta sexta-feira (24), sobre o crescimento dos golpes por falsas lojas virtuais. O órgão não apresentou indicadores de número de vítimas ou ocorrências, mas disse que observou alta nos casos em razão de diversas denúncias e reclamações registradas nos últimos dias.
De acordo com o Procon-AM, houve aumento nos casos de golpes nas compras on-line por conta de empresas falsas que criam perfis e sites para vendas de produtos que não existem.
Esses casos tiveram crescimento no período de Carnaval, e em razão disso o órgão orienta os consumidores a redobrar a atenção quando o pagamento for realizado por meio de Pix, verificando se a conta de destino está em nome diferente do local onde está comprando, visto que circulam muitas falsas propagandas, principalmente em nome de lojas populares.
“Temos recebido diversas reclamações e consultas de consumidores que realizaram compras utilizando links de anúncios nas redes sociais e acabaram no prejuízo. Ao navegar pelas redes sociais somos impactados pelos mais variados anúncios, em geral relacionados aos nossos interesses e por isso é importante tomar cuidado”, afirma Jalil Fraxe, diretor-presidente do Procon-AM.
O órgão de defesa aponta que a maioria dos anúncios que aparecem todos os dias ao acessar as redes sociais, principalmente as ofertas muito vantajosas, trata-se de fraude, e que com frequência o golpe é feito utilizando nomes e logotipos idênticos ou muito semelhantes aos de grandes marcas. Depois de realizado o pagamento, normalmente em boleto, Pix ou débito, é muito difícil identificar os responsáveis e recuperar o dinheiro.
“Pedimos para que os consumidores pesquisem o histórico das reclamações de outras pessoas pela internet e desconfiem de ofertas miraculosas”, afirma Fraxe.
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Entregas e publicidade
Outra queixa relativa a compras on-line é a não entrega do produto no prazo. O Procon-AM também alerta que o site deve ter política de privacidade, pois o consumidor está colocando ali seus dados pessoais, bancários, do cartão de crédito e deve ser um ambiente seguro. “Se é uma página que não tem identificação, não tem canais de contato, desconfie e não compre”, aconselha Sasha Suano Veiga, diretora técnica do Procon-AM.
Quanto à publicidade enganosa, o Procon-AM recomenda que o consumidor procure denunciar a prática junto aos órgãos de defesa do consumidor, registrando boletim de ocorrência. E, caso tenha efetuado compra com cartão, informar à operadora e buscar cancelar a operação.
Na maioria dos casos a prevenção é a melhor alternativa, por isso é bom ficar de olhos nessas orientações do Procon-AM:
Preços: desconfie de ofertas vantajosas demais, com preços muito abaixo dos praticados no mercado.
Dados obrigatórios: procure no site a identificação da loja (razão social, CNPJ, telefone e outras formas de contato, além do e-mail). Cheque se essas informações estão corretas e teste os canais de comunicação da loja antes da compra.
Endereço: confirme se as páginas que exigem dados pessoais para a compra iniciam por “https://” e se o cadeado está ativado (ícone amarelo numa extremidade da página).
Referências: prefira fornecedores renomados ou recomendados por amigos ou familiares. Se não conhecer a empresa ou não tiver referências boas do site, não compre.
Pagamento: não compre em sites em que as únicas formas de pagamento aceitas são o boleto bancário e/ou depósito em conta.
Privacidade: leia a política de privacidade das lojas virtuais para saber quais compromissos ela assume quanto ao armazenamento e manipulação de seus dados.
Documentos: imprima ou salve todos os documentos que demonstrem a compra e a confirmação do pedido (comprovante de pagamento, contrato, anúncios etc.), inclusive e-mails de confirmação.
Crime: em caso de estelionato, registrar um Boletim de Ocorrência na Delegacia mais próxima da sua residência ou na Delegacia Especializada em Crimes contra o Consumidor (Decon).
Como denunciar falsas lojas virtuais ao Procon?
O órgão fica aberto para atendimento da população de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h, na avenida André Araújo, 1.500, bairro Aleixo, zona centro-sul da capital.
Outros canais de atendimento do órgão de defesa do consumidor são os números (92) 3215-4009 e 0800 092 1512, e o e-mail [email protected].