Férias escolares é tempo de buscar opções de lazer para curtir o período de descanso. Na capital, há pelo menos dez espaços que não podem faltar na agenda. De exposições a espaços públicos históricos, o leque de possibilidades é diverso e inclui atividades gratuitas e pagas.
Reunimos as sugestões feitas pelas pastas de cultura do Governo do Estado e Prefeitura de Manaus. Além de visitar ou revisitar patrimônios históricos, o público pode conferir exposições temporárias.
Palacete Provincial
No Palacete Provincial, praça Heliodoro Balbi (Praça da Polícia), seguem em cartaz de terça-feira a sábado, das 9h às 17h, duas exposições temporárias. Uma delas, a “Verde Amazonas” que ocupa as galerias José Bernardo Michiles e Manoel Santiago. São esculturas, pinturas, instalações, videoarte e técnicas mistas de 21 artistas renomados, entre os quais, Zuazu, Michael Dantas, Sergio Cardoso, Otoni Mesquita, Pedro Marinho, Roberto Evangelista, Alex Pazuello, Jandr Reis, Alessandra França e outros. A curadoria é do artista Jair Jacqmont.
O local também recebe a exposição “Numisma e Monetiformes”. Registros fotográficos revelam o valor econômico, histórico, artístico e cultural do Museu de Numismática Bernardo Ramos, instalado nas dependências do Palacete, e que reúne um acervo de mais de 35 mil peças, entre moedas, medalhas, cédulas, máquinas registradoras e outras. A mostra é uma homenagem ao aniversário dos 122 anos do museu e tem a curadoria de Mariana Rebouças.
Galeria do Largo
Na Galeria do Largo, no Largo de São Sebastião, estão em cartaz as exposições: “Bisignólio”, de Helen Rossy; “Yurupari 2022”, de Denilson Baniwa e “Beiradão em Brasa”, de Anderson Brasa. Funcionamento de terça-feira a domingo, 15h às 20h.
As esculturas de Helen Rossy estão associadas à vivência da artista parintinense, entre rios e matas, se misturando a uma Amazônia urbana. Madeiras e resíduos de queimadas que se tornaram obras primas nas mãos de Helen.
A exposição “Beiradão em Brasa” traz fragmentos e recortes fotográficos da área da Manaus Moderna, centro histórico de Manaus. Conhecido como, “Beiradão de Manaus”, o local rico em cores, aromas e sabores é fotografado pelas lentes de Anderson, artista amazonense.
Já a mostra “Yurupari 2022” enfoca duas entidades importantes na proteção das florestas e biodiversidade, o Jurupari e a Kipaé. O Jurupari, na forma do grande líder anticolonial Cunhambebe, e a Kipaé, na forma de arauto anti extinção humana. Por meio de registros fotográficos, o artista Denilson Baniwa, revela ao público, a diversidade da cultura indígena.
Teatro Amazonas
Com entrada gratuita para os amazonenses, o Teatro Amazonas segue com a agenda de visitação de terça-feira a sábado, 9h às 17h e, aos domingos e feriados, 9h às 13h. Sem a necessidade de agendamento. As visitas são acompanhadas por condutores culturais, percorrendo as dependências do teatro.
Entrada: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada). Amazonenses não pagam, mediante comprovação da naturalidade.
Museu da Cidade de Manaus
O Museu da Cidade de Manaus oferece visita monitorada em todo o espaço com a presença de personagens históricos da capital amazonense, além de indígenas e caboclos ribeirinhos.
O Centro Cultural dispõe das salas “Afluentes do Tempo”, “Casas-Cabeças”, “Banhos de Origens”, “Anéis de Crescimento”, e “Rios Voadores”, que mostra a evaporação da água e o ciclo das chuvas na capital em quatro globos.
O Museu está com a exposição “Reclicarte”, do artista plástico Alfedo Borret, que incita a percepção sobre a relevância da utilidade de materiais que seriam descartados, e também da grandiosidade, beleza e impacto que a criatividade pode aguçar no visitante.
As visitações ocorrem de segunda a sexta-feira, de 9h às 16h20, com agendamento prévio pelo e-mail: [email protected]. O Museu da Cidade de Manaus fica localizado no Paço da Liberdade, na rua Gabriel Salgado, Centro (em frente à Praça Dom Pedro II).
Centro Cultural Oscar Ramos
O espaço fica instalado nas duas das casas consideradas as mais antigas da capital, números 69 e 77, na rua Bernardo Ramos, Centro Histórico de Manaus, e foi totalmente restaurado pela prefeitura para abrigar o acervo de Oscar.
Construídas em 1819, as casinhas, feitas à base de taipa (barro, madeira e pedra), figuram entre as primeiras moradias de Manaus e carregam em sua arquitetura uma parte da história da cidade, do período colonial.
A Casa 69 abriga a exposição permanente de Óscar Ramos. Obras como pintura, escritos, figurinos, produções, desenhos de moda do artista, objetos pessoais como mobílias utilizadas por Óscar, capas de LPs, estão entre os artigos e objetos expostos no local. Já a Casa 77 sedia exposições temporárias de artistas, com quadros de Óscar que nunca foram expostos em outro local, entre outros materiais. O museu conta com a curadoria do artista José Cardoso, e direção artística do multiartista Sérgio Cardoso.
O centro cultural é aberto ao público de segunda à sexta-feira, das 9h às 14h, com entrada gratuita.
Biblioteca João Bosco Pantoja Evangelista
A Biblioteca Municipal João Bosco Pantoja Evangelista é um dos principais centros de pesquisa e leitura da capital amazonense. Inaugurada em 1908 como sede da Liverpool School of Tropical Medicine, primeira no mundo dedicada à pesquisa e ao ensino em medicina tropical, tornou-se, no início dos anos 1980, um botequim bastante frequentado na época, o Pinguim. Apenas em 1997 foi transformada em biblioteca.
Integrante do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP), o espaço recebeu esse nome em homenagem ao professor, escritor, poeta e jornalista João Bosco Pantoja Evangelista, um dos fundadores do Clube da Madrugada e da União Brasileira de Escritores (UBE) do Amazonas.
Depois de mais de 10 anos fechada, a biblioteca pública municipal João Bosco Pantoja Evangelista foi entregue à população pela Prefeitura de Manaus, por meio da Manauscult, com seu acervo de mais de 32 mil livros com um dos maiores autores de literatura regional, e conta com mostra de quadros de pintores amazonenses como Moacir Andrade, Jair Jacqmont, Monik Ventilari e Ericky Nakanume, tornando-se o novo centro cultural da capital.
A biblioteca está aberta ao público de segunda a sexta-feira, de 9h às 14h, com entrada gratuita.
Exposição ‘Vida e Cores’
A exposição de arte “Banho de Origens – MAO 353 – Vida e Cores” está aberta para visitação, de forma gratuita e retrata a vida na Amazônia por meio da fauna e flora, o cotidiano ribeirinho e as tradições indígenas, e ainda é um suporte para a chegada dos transatlânticos que aportam na cidade durante a “Temporada de Cruzeiros 2022/2023”.
Dez obras contemporâneas do artista plástico uruguaio, Pietro Bruno, estão em exposição no pavilhão Universal, localizado na praça Adalberto Vale, em frente à praça Tenreiro Aranha, no Centro Histórico de Manaus. A exposição está aberta para visitação de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h, e não é necessário realizar agendamento.
Mais espaços abertos para visitação pública:
- Centro Cultural Palácio da Justiça (CCPJ), avenida Eduardo Ribeiro, Centro. De terça-feira a sábado, das 9h às 17h.
- Centro Cultural Palácio Rio Negro, avenida Sete de Setembro, 1546, Centro. De terça-feira a sábado, das 9h às 17h.
- Centro Cultural Povos da Amazônia, avenida Silves, 2.222, Distrito Industrial. De terça-feira e sábado, das 9h às 15h.
- Museu do Seringal, situado no igarapé São João com o afluente do Igarapé do Tarumã-Mirim, zona rural de Manaus. O trajeto ao local é feito pelas lanchas da Cooperativa dos Profissionais de Transporte Fluvial da Marina do Davi (Acamdaf), certificada como transportadora turística. Passagem R$ 21 (ida e volta/cada).