A infecção urinária é comum em qualquer fase da vida, mas durante o envelhecimento os riscos aumentam. Com o declínio da imunidade, os mais velhos ficam suscetíveis às bactérias que ocasionam a infecção, segundo a Fundação Universidade Aberta da Terceira Idade (Funati).
As infecções urinárias podem ocorrer em qualquer parte do sistema urinário: rins, ureteres (espécie de tubo que liga o rim à bexiga), bexiga e uretra. A maioria delas envolve o trato urinário inferior, ou seja, a bexiga e a uretra.
De acordo com o médico geriatra da Funati, Sileno Fortes, o primeiro desafio é o diagnóstico, pois a condição pode apresentar sintomas incomuns em mais velhos, como dores abdominais não características, náuseas e vômito.
“Algumas idosas que tiveram muitos filhos são suscetíveis a terem incontinência urinária. Aquela dor no baixo ventre e para urinar é bem típica. Já no homem, é menos comum, mas vem com esses sintomas de dor ao urinar, está muito associado à próstata, fica aquela urina mais retida”, ressaltou.
Conforme o médico geriatra, quando houver suspeita de infecção, é fundamental que o idoso consulte o médico ou urologista para fazer o diagnóstico por meio dos sintomas e do exame de urina, que indica a presença de bactérias.
O tratamento de infecção urinária dura, em média, ao menos duas semanas. Ele varia de acordo com o tipo, gravidade e persistência da infecção e, geralmente, envolve o uso de antibióticos e analgésicos.
Cuidados
Ainda segundo a Funati, a primeira orientação que o idoso deve seguir é a ingestão de água, principalmente durante os meses que são mais quentes. Além disso, os hábitos de higienes são indispensáveis.
“O paciente ou familiar tem que levar o tratamento a sério até o final. É muito comum o idoso tomar um antibiótico e parar no meio, isso potencializa a bactéria e leva a uma infecção mais grave e em alguns casos, pode levar até a internação”, orienta o médico.
Algumas medidas de prevenção são fundamentais entre os idosos, como: Evitar o uso de roupas íntimas que sejam muito apertadas ou que favoreçam umidade, fazer a higiene adequada da região íntima, no caso do uso de fraldas geriátricas, e manter uma alimentação nutritiva, para fortalecer a imunidade.
FOTOS: Antônio Lima/ Secom