O aumento do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no Paraná pode ser efeito positivo para as indústrias instaladas no Polo de Concentrados do Amazonas. A avaliação é do presidente do Conselho Regional de Economia (Corecom-AM), Marcus Evangelista.
Em uma tentativa de aumentar a arrecadação, o governador do Paraná, Ratinho Jr (PSD), apresentou proposta de alteração da tabela do ICMS para diversos segmentos, incluindo os refrigerantes. A proposta incluiu o aumento deste imposto de 18% para 25% para água com gás, refrescos e refrigerantes.
Para Marcus Evangelista, apesar de todas as dificuldades enfrentadas pelas empresas que produzem refrigerantes no Amazonas – diante de medidas do governo federal que mudaram as regras do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) – o aumento do ICMS no Paraná sobre bebidas não alcoólicas tem impacto positivo para as indústrias instaladas no Amazonas.
“O aumento de qualquer imposto seja no Paraná ou em qualquer lugar que não seja na Zona Franca de Manaus é benéfico para o nosso modelo. Em nível de concorrência, hoje não temos tanta atratividade em função do IPI que foi reduzido no polo de consertados, mas onde tiver uma área que cobra mais ICMS que o modelo ZFM, isso acaba fazendo que o investidor venha para Manaus, uma vez que os tributos ficam mais baratos”, ressaltou.
Geração de empregos
O polo de empresas que fabricam refrigerantes no Amazonas beneficia 16 mil famílias em todo o Amazonas. O polo de concentrados gera aproximadamente 4 mil empregos diretos e indiretos, o que inclui produtores rurais dos municípios Presidente Figueiredo e Maués. Eles atuam na produção de insumos como açúcar e guaraná.