A invasão de perfil nas redes sociais é um crime que avançou nos últimos anos com a popularização da internet. Com o perfil hackeado, o cidadão, amigos e familiares ficam na mira de estelionatários e podem perder dinheiro com simples toques no celular.
O delegado Denis Pinho, da Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Cibernéticos, enfatiza que crimes por meio das redes sociais têm ocorrido com frequência. Segundo ele, o golpe ocorre em um momento de fragilidade das vítimas, quando são induzidas a clicar em links e serem direcionadas a programas maliciosos.
“Com o acesso ao celular da pessoa, os golpistas conseguem ter acesso às redes sociais e, assim, adquirir várias informações pessoais. Com isso, passam a pedir dinheiro ou vender mercadorias aos seguidores e contatos, vitimando outras pessoas.”
Os criminosos passam a fazer anúncios de produtos que supostamente seriam vendidos pela pessoa que teve seu perfil invadido. Há casos no qual o criminoso, se passando pela vítima, relata um problema pessoal e pede dinheiro, e acaba conseguindo, porém trata-se de um golpe.
“Não existe um público específico, as pessoas de todas as idades podem passar por essa situação. Geralmente os maiores alvos são os perfis com alta quantidade de seguidores, utilizando da influência social delas para alcançar um número maior de pessoas”, informa Denis Pinho.
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O que fazer em caso de invasão de perfil?
Caso já tenha sido vítima do golpe e teve o perfil invadido, é importante alertar seus seguidores, amigos e familiares, por meio de outras redes sociais, que foi vítima de um hacker, com isso, evitar que outras pessoas sejam vítimas do mesmo crime.
“É preciso comunicar aos usuários que os produtos ofertados não pertencem a você, que a conta hackeada deve ser denunciada e nenhuma transferência bancária deve ser realizada. Em seguida, deve procurar a delegacia e registrar a ocorrência para darmos andamento às investigações”, ressaltou a autoridade policial.
A ocorrência pode ser formalizada na Dercc, localizada nas dependências da Delegacia Geral (DG), na avenida Pedro Teixeira, bairro Dom Pedro, zona centro-oeste da capital. Ou ainda, registrar o Boletim de Ocorrência (BO) pelo site da Delegacia Virtual e anexar provas como prints, boletos falsos e outros documentos.