Policiais civis da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), com o apoio da 48ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Maués (a 276 quilômetros de Manaus), cumpriram, na segunda-feira (17/10), por volta das 7h, mandado de prisão preventiva do casal Adrya Polyanne Aragão dos Santos, 28, e Roberto Marinho Brito, 29. Eles são investigados pelo feminicídio de Miriam Moraes de Souza, que tinha 21 anos e estava grávida de quatro meses.
A vítima foi morta com golpes de arma branca no dia 16 de janeiro de 2020, no bairro Tancredo Neves, zona leste da capital, e posteriormente teve seu corpo jogado em um igarapé localizado na avenida José Romão, bairro São José Operário, na mesma zona da cidade.
Durante coletiva de imprensa na sede da DEHS, o delegado Ricardo Cunha, titular da especializada, informou que as investigações iniciaram logo após o crime, e apontaram que a motivação seria o fato de Roberto ter um relacionamento extraconjugal com Miriam. Ao descobrir que ela estava grávida, pediu que a jovem realizasse um aborto, mas ela não aceitou.
“Verificamos que Miriam chegou a ser ameaçada pelo casal, mas, ao negar o aborto, Roberto e Adrya planejaram um encontro com a vítima. No momento em que ela foi até eles, o plano foi executado, e a jovem foi morta com cerca de sete golpes de arma branca na região da barriga”, explicou Ricardo Cunha.
Prisão
No monitoramento realizado pela DEHS, foi verificado que o casal estava escondido no município de Maués, ao que as equipes policiais da 48ª DIP foram acionadas e conseguiram efetuar a prisão deles na estrada Maués-Mirim, zona rural do município.
Procedimentos
Adrya Polyanne e Roberto responderão por feminicídio e passarão por audiência de custódia. Ambos aguardam liberação da Justiça para serem recambiados para uma unidade prisional em Manaus.
FOTOS: Mayara Viana/PC-AM