O Comitê de Resposta Rápida, montado pelo Governo do Amazonas, em virtude do desabamento da ponte sobre o Rio Curuçá, na BR-319, completou sete dias de trabalho, nesta terça-feira (04/10). Mergulhadores do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) e Marinha do Brasil vasculharam novamente a área em busca de uma vítima, que continua desaparecida, e também trabalham que um veículo com carga de 60 toneladas seja retirado do fundo do rio.
Neste momento, mergulhadores do CBMAM e da Marinha do Brasil realizam um trabalho manual de ancoragem, através de um cabo de aço fornecido pelo Departamento Nacional de Transporte e Infraestrutura (Dnit). A retirada da estrutura é necessária para ampliar o campo de busca pelo desaparecido e, também, para que o trabalho das equipes seja feito em segurança.
O CBMAM solicitou ao Dnit, responsável pela construção, manutenção e fiscalização da área, um guindaste para que a carreta seja retirada do rio. Porém em decisão conjunta com o Dnit, o içamento do material só será possível após a área estar estável, uma vez que há o risco de o local não suportar o peso do guindaste.
Nesta terça-feira (04/10), os bombeiros tentaram, mais uma vez, retirar a carreta do rio utilizando dois cabos de aço, com aproximadamente 39 toneladas, que foram puxados por tratores. Mas, até o início da tarde não tiveram sucesso com o procedimento.
Ao todo, o acidente deixou 14 feridos, dos quais 13 já receberam alta médica e um está internado no Hospital e Pronto-Socorro Platão Araújo aguardando procedimento cirúrgico. Quatro mortes foram registradas.
Além disso, oito veículos foram içados. Uma carreta que transportava 200 sacos de cimento e um rolo compressor segue submersa, com uma carga de cerca de 60 toneladas. Equipes do DNIT estudam o envio de um guindaste após estabilização do solo.
Ponte e Deck de madeira serão construídos
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), órgão responsável pela rodovia federal BR-319, assumiu o compromisso de construir uma ponte e decks de madeira para proporcionar mais segurança aos passageiros que necessitam fazer traslado na área interditada pelo acidente.
A medida foi decidida pelo Comitê de Resposta Rápida, do Governo do Estado, após a identificação de fissuras na atual área utilizada pelos pedestres, sob risco de desmoronamento. A recomendação é que as pessoas evitem fazer a travessia na área.
A expectativa é que, após a construção, o translado de passageiros seja deslocado para um terreno mais seguro, explicou o coordenador técnico administrativo da Defesa Civil, tenente-coronel Adson Ferreira.
“Existe uma área no lado do Careiro Castanho, pela qual nós estamos acessando, que apresenta uma fissura, então nós estamos nos preparando, nos precavendo, para que não fiquemos sob risco de desmoronamento. Nós vamos iniciar a construção de uma ponte de madeira com apoio do DNIT, estamos conseguindo o material através de apreensões junto a Polícia Federal, para que as pessoas que transitem de um lado para outro fazendo uso dessa ponte de madeira, com mais segurança”, ressaltou.
Desde a última quinta-feira (29/09), a Defesa Civil do Amazonas enviou cinco lanchas para auxiliar no translado de passageiros. A força-tarefa funciona das 05h às 19h, de forma gratuita, garantindo o direito de ir e vir da população.
Ponte de campanha
O DNIT e Exército Brasileiro deram início aos trabalhos de infraestrutura nas cabeceiras da ponte. Neste momento, as equipes realizam trabalhos topográfico e adaptação da área de acampamento para entrada do maquinário.
Uma ponte de campanha, oriunda do Exército Brasileira, já está sendo transportada de Porto Velho para ser instalada como medida temporária.