Os sites falsos são um desafio para quem navega na internet. Populares e disseminados, eles não são de fácil identificação.
A especialista em segurança da informação da Processamento de Dados Amazonas S.A (Prodam), Lilian Gibson, faz um importante alerta: por mais que a Internet seja um espaço virtual de entretenimento, trabalho e de facilidades para acessar todo tipo de serviço, o usuário nunca deve navegar de maneira desatenta, especialmente quando realizar operações bancárias ou realizar compras on-line.
Segundo a especialista, desde 2020 o Brasil vem batendo recordes de golpes virtuais. “Nós já vínhamos em uma crescente de crimes cibernéticos e a pandemia da Covid-19 só fez agravar essa situação. No segundo semestre de 2022, para se ter uma ideia da gravidade da situação, foi registrada uma tentativa de fraude a cada 5,57 segundos no Brasil. Em 2021, era a cada 8 segundos.”
Com um número crescente de golpes virtuais, é preciso estar atento a algumas armadilhas do mundo digital, entre elas, os sites falsos, que parecem reais, mas foram criados apenas para roubar dados dos usuários.
Para reconhecer se uma página é falsa, o primeiro passo é observar o domínio da página, ou seja, o endereço dela na internet. “Normalmente, páginas falsas têm o domínio muito semelhante ao das verdadeiras, mas sempre têm alguma letra ou número a mais que as denunciam”, explicou Lilian.
Além disso, deve-se sempre prestar atenção se a página possui um cadeado fechado no canto superior esquerdo. “Esse cadeado indica que você está navegando em uma conexão segura e que o site é inteiramente criptografado e protegido, o que minimiza significativamente o risco de possíveis fraudes. Essa dica é especialmente válida quando você estiver navegando em sites de compras on-line e bancos”, afirmou Lilian.
Outra dica valiosa é nunca esquecer da segurança do dispositivo que você utiliza para navegar na Internet, independentemente de ser um smartphone ou computador. “Mesmo os antivírus gratuitos ativam notificações quando você acessa um conteúdo malicioso na Internet, como uma página falsa, por exemplo. Por isso, tenha sempre antivírus instalados e o sistema operacional do smartphone atualizado. Cuidado nunca é demais”, alerta.
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Links como ‘isca’ nos sites falsos
Geralmente, os cibercriminosos utilizam como ‘isca’ os links enviados por e-mail, mensagens ou até mesmo em anúncios nas redes sociais. Ao clicar no conteúdo, o usuário é direcionado para o site falso.
Para evitar ser uma dessas vítimas, Lilian recomenda ter muito cuidado ao abrir links que você recebe via aplicativos de mensagens ou redes sociais. “Entre as fraudes mais comuns estão as que utilizam uma técnica chamada phishing, que induz a própria vítima a acessar links ilícitos que coletam dados pessoais e possibilitam o acesso a contas de e-mails e de serviços, senhas e dados bancários, por exemplo.”
Para evitar cair no golpe do phishing, a recomendação da especialista é nunca abrir um link que chegou via aplicativos de mensagens, principalmente, quando vem acompanhada de chamadas como “última chance” ou “promoção imperdível”. Nesses casos, o melhor a fazer é acessar o site oficial da loja ou instituição.
