Aparelho garante maior precisão e segurança durante procedimentos cirúrgicos
A aposentada Maria Eliete, 66, foi a primeira paciente a passar por uma cirurgia torácica que contou com o auxílio de um novo equipamento, o videomediastinoscópio, instalado, em agosto, na Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado (FCecon). O aparelho, que permite aos pacientes uma intervenção menos invasiva e recuperação mais célere, foi adquirido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES), a partir de um convênio com o Fundo Nacional de Saúde (FNS), no valor de R$ 503,8 mil.
Anteriormente, as cirurgias torácicas na Fundação Cecon eram feitas em visão direta, pelo orifício que dá acesso à cavidade torácica, uma área extremamente sensível, explicou o diretor presidente da Fcecon, Gerson Mourão. Agora, por meio do vídeo, é possível identificar lesões primárias e doenças metastáticas, uma verdadeira modernização tecnológica para a unidade, avaliou.
Segundo Mourão, o moderno equipamento garante maior precisão e segurança às equipes médicas. No procedimento executado, o instrumento é utilizado para colher amostras de linfonodos, o que irá definir o grau da doença.
“Entre os pulmões existe uma área chamada mediastino, onde, ao invés de você abrir, você entra com esse equipamento e consegue ampliar a imagem, fazer biópsia e definir o que seguir. Então, nós adquirirmos esse equipamento é um fato histórico para a nossa fundação. Mesmo com dois anos de pandemia, nós conseguimos avançar e realizar coisas que jamais havíamos imaginado”, destacou o diretor da FCecon.
Suziany Duarte, 34, sobrinha e acompanhante de Maria Eliete, contou os desafios enfrentados pela família desde o início da suspeita do câncer e afirmou haver receios por parte da tia, em realizar o procedimento, uma vez que também é diabética.
“Nós estávamos realizando alguns exames de rotina, em um primeiro momento na rede particular. Quando começou a suspeita do tumor nós fomos atrás dos exames necessários e descobrimos que era muito caro, então nós viemos à FCecon, fizemos as consultas e ela foi muito bem atendida, foi tudo muito rápido. Como ela é diabética, a cirurgia por vídeo é menos invasiva, a recuperação é muito rápida, ela ficou mais tranquila de fazer dessa forma”, explicou.
Suziany destacou, ainda, a importância do atendimento humanizado na suspeita e enfrentamento de doenças oncológicas. “Isso dá uma tranquilidade, nós já estamos fragilizados com a doença ou até mesmo com uma suspeita, nós vemos muitos casos, e ver uma equipe trabalhando de forma coesa, ajuda muito”, completou.
Outros investimentos
Para proporcionar um melhor atendimento aos pacientes, o Governo do Amazonas realizou, nos últimos três anos, uma série de investimentos na fundação hospitalar.
Além do novo videomediastinoscópio, o centro cirúrgico da FCecon recebeu novas mesas, carros de anestesia e, pela primeira vez, passará a operar, a partir de outubro, com nove salas, o que representa a capacidade total da fundação.
“Nosso centro cirúrgico passou tanto por adequação física como por uma aquisição de materiais, isso proporcionou um complexo melhor ao atendimento dentro das salas. Todos esses equipamentos novos dão mais segurança ao paciente, melhoram o atendimento, principalmente na fila cirúrgica. Isso também ajuda o nosso profissional a desenvolver um trabalho com mais segurança, além de uma precisão melhor em cada procedimento”, explicou a gestora do centro cirúrgico, Graça Gondim.
