Policiais civis do 30º Distrito Integrado de Polícia (DIP), com apoio da Polícia Civil do Pará e da 16ª Seccional de Polícia Civil do Pará (PC PA), deflagraram entre segunda-feira (01/08) e terça-feira (02/08), a Operação Toupeira, que resultou nas prisões de Isla Thamyres Maia dos Santos, 23; Kassandra Maria Araújo dos Santos, Josemara Adrião Amorim, ambas com 35 anos; e Heloise Caroline da Silva Lima, 26, por golpes utilizando empresas falsas de veículos para prometer cartas de crédito contempladas.
O delegado Mauro Duarte, titular do 30º DIP, disse que Isla, Kassandra, Josemara e Heloise foram presas em cumprimento de mandado de prisão preventiva. As prisões ocorreram em Manaus e em Santarém, no Pará.
O titular falou, ainda, que a primeira prisão foi a de Isla, na segunda, efetuada na avenida Getúlio Vargas, bairro Centro, zona sul. No local funcionava uma empresa falsa, chamada “Globe Cooperativa”, a qual anteriormente estava localizada na avenida Autaz Mirim, Tancredo Neves, zona leste.
“Estávamos em campana e percebemos que no local era praticado o crime de tentativa de estelionato, cujo uma vítima, por meio de um anúncio em sites de compra e venda, era atraída com o objetivo de adquirir uma motocicleta Honda Biz. No falso negócio constatamos que o veículo não existia”, detalhou.
O titular explicou que, ainda na segunda-feira (02/08), as equipes da 16ª Seccional da PC-PA cumpriram a ordem judicial em nome de Heloise, titular da empresa “H de Lima Representações e Serviços”, que funcionou por quatro anos na rua Jorge Veiga, bairro Parque 10 de Novembro, zona centro-sul, e, posteriormente na avenida Autaz Mirim, bairro Tancredo Neves, funcionava a atual empresa, “Globe Cooperativa”.
Mauro falou, ainda, que, na terça, as equipes do 30º DIP prenderam Kassandra, cadastrada como titular da empresa falsa “Sabelli Representações”, que funcionou, por mais ou menos quatro anos, na rua Afonso Pena, Centro de Manaus, e, posteriormente, também, passou a funcionar no bairro Tancredo Neves.
Ainda conforme o delegado, a decisão judicial em nome de Josemara foi cumprida após Kassandra ter ligado para ela, informando que a mesma deveria comparecer na delegacia.
“Não havia nenhuma empresa em nome de Josemara, porém, ela foi quem atuou na assinatura de um suposto contrato em que uma vítima teve prejuízo de R$ 3 mil, tendo sido o valor de R$ 1 mil transferido para sua conta bancária, segundo comprovante apresentado pela vítima”, falou.
Modus Operandi
Mauro explica que, durante as investigações, foi possível constatar que as autoras alugavam pontos comerciais em locais movimentados, para atuar nas empresas de fachadas, e atraiam as vítimas por intermédio de anúncios nas redes sociais e sites de vendas. Elas prometiam cartas de crédito contempladas, cujos valores variam entre R$ 30 mil e R$ 50 mil, e era feito um pagamento de entrada que variava entre R$ 3 mil e R$ 3,5 mil.
“No curso das investigações, constatou-se que a líder da associação criminosa é Isla. Ela, inicialmente, havia aberto a empresa “Excelence Corporation” que funcionou durante cerca de quatro anos, sendo atualmente considerada inapta. O endereço inicial era na avenida Visconde de Porto Alegre, bairro Centro, zona sul. Posteriormente, a infratora abriu outras empresas, para aplicar os golpes”, evidenciou.
Procedimentos
Isla, Kassandra, Josemara e Heloise responderão por estelionato, não fornecimento de nota fiscal de serviço e associação criminosa. Elas ficarão à disposição da Justiça.
FOTOS: Erlon Rodrigues e Divulgação/PC-AM