O governador Wilson Lima sancionou uma nova lei que define o dia 29 de junho como o Dia Estadual de conscientização da Esclerodermia. A doença é mais comum em mulheres, entre os 30 a 50 anos, causando um endurecimento na pele (fibrose), machas ou dores nas articulações.
No estado, de acordo com os dados da Fundação Hospitalar Alfredo da Matta (Fuham), foram diagnosticados 50 casos, entre 2020 e 2021. As mulheres são as mais acometidas, sendo que dos 31 casos, em 2020, 29 foram em mulheres. Já em 2021, dos 19 casos, em 16 foram as mulheres que apresentaram os sintomas.
Os sintomas da esclerodermia podem ser classificados de forma sistêmica acometendo os órgãos internos (forma mais grave) e localizada, que são os sintomas restritos à pele. É necessário procurar ajuda quando as primeiras manifestações surgirem, através de inchaços nas mãos, rigidez na pele e manchas escuras.
De acordo com a médica dermatologista da Fundação Alfredo da Matta, Raísa Feitoza, a esclerodermia causa um endurecimento na pele, manchas ou dores nas articulações, reduzindo a capacidade de movimentação.
“É uma doença que acomete a pele e outros órgãos internos. Ela se manifesta através de manchas mais claras ou escuras que a pele. O paciente, ao sentir frio, pode ficar com as pontas dos dedos azuladas ou roxas. Em sua forma sistêmica, nos órgãos internos, ocorre uma dificuldade ao engolir os alimentos, e até mesmo alterações cardíacas”, explicou a dermatologista.
O diagnóstico do caso é realizado nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Ao receber o resultado, o paciente é submetido a exames de biópsia, tomografia de tórax e endoscopia. Considerada autoimune, a esclerodermia não tem uma causa definida, mas em alguns casos ocorre por meio predisposição genética.
O tratamento é realizado com acompanhamento de um dermatologista ou reumatologista. “São usados cremes, pomadas, fototerapia ou, em casos agudos, é realizado o uso de medicamentos para inibir a inflamação no local”, afirmou Feitoza.