“Vou ter almoço garantido”, afirmou a vendedora de picolés, Socorro Cunha, 57, enquanto aguardava ansiosa para fazer sua refeição, nesta terça-feira (23/08), no restaurante popular Prato Cheio, em Tapauá (a 449 quilômetros de Manaus). Inaugurado pelo Governo do Estado, o restaurante tem capacidade para atender 400 pessoas em situação de dificuldade econômica. É a 25ª unidade a abrir as portas no interior.
Com investimentos da ordem de R$ 20 milhões, o Governo do Amazonas ampliou o programa Prato Cheio em todo o estado dentro da estratégia de fortalecimento das ações de combate à fome. Na capital, são 18 unidades, enquanto no interior a estrutura de alimentação está disponível em 25 cidades.
“Esse prato cheio é uma honra, porque nem todos tem trabalho. Já vou ter o almoço garantido: arroz, feijão, carne. Se eu pegar a ficha, todo dia eu venho aqui”, comemorou Socorro, que é viúva e mora sozinha.
O aposentado, Vitor Barros, 52, já conhecia os restaurantes do Prato Cheio, em Manaus. Enfrentando dificuldades financeiras, ele relata que agora vai ter uma nova opção para almoçar em Tapauá.
“Eu só tinha visto o Prato Cheio em Manaus, aqui não. Para mim, é uma benção, porque a gente não tem como pagar. Aqui, o prato mais barato é R$ 10 ou R$ 20, e essa refeição vai custar só R$ 1, é uma benção”, disse Barros.
O cardápio no restaurante é diversificado e o preço simbólico, no valor de R$ 1. Elaborado por uma equipe especializada, o espaço deve atender pessoas desempregadas, trabalhadores informais, moradores de rua e outras pessoas que enfrentam dificuldades econômicas.
Além do atendimento ao público, a abertura da nova unidade do programa também representou a geração de oito empregos em Tapauá, que agora estão trabalhando no atendimento ao público no restaurante.
Com funcionamento de segunda a sábado, das 11h às 13h, a nova unidade é localizada no bairro Manoel Costa, de Tapauá.
O programa é dividido em dois serviços distintos: nos restaurantes populares, o almoço é vendido a R$ 1 real, com pratos diversos ao longo da semana. Nas cozinhas populares, a sopa é gratuita e cada pessoa atendida tem direito a 1 litro de alimento.