O Governo do Amazonas realizou, pela primeira vez, a capacitação e remuneração de brigadistas em combate a incêndios florestais em municípios com maior registro de queimadas ilegais do estado. O objetivo é intensificar e melhorar os serviços de proteção ambiental, qualificando e gerando renda para a população.
Ao todo, mais de 200 brigadistas foram capacitados para a terceira fase da Operação Tamoiotatá, atuando com serviços de prevenção às emergências de incêndios florestais e queimadas, ações de educação ambiental, intercâmbio de informações e a contribuição com a proteção e vigilância ambiental.
Chefes de brigada e brigadistas treinados foram selecionados em edital, viabilizado por meio de um contrato firmado entre a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e o Banco Alemão de Desenvolvimento KFW, para a construção de brigadas de incêndio em 12 municípios do Amazonas. O valor das bolsas é de R$ 1,2 mil e R$ 2 mil para brigadista e chefe de brigada, respectivamente.
Agora, de forma pioneira, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) passou a viabilizar a capacitação e a remuneração dos brigadistas florestais, que passam a receber bolsa para somar aos esforços de combate às queimadas, em parceria do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas.
“Essa articulação vem desde 2020, mas esse ano a gente conseguiu efetivar e, por meio de uma agência contratada pelo KFW, a gente está implementando, pela primeira vez no estado, o pagamento dos brigadistas nos municípios. São 230 brigadistas treinados pela Defesa Civil, pelo Corpo de Bombeiros para atuar junto com as prefeituras no combate aos incêndios e às queimadas, que é o período do ano que a gente está atravessando agora”, afirmou o secretário de Meio Ambiente, Eduardo Taveira.
Os brigadistas estão divididos para atuação nos municípios de Humaitá, Apuí, Boca do Acre, Lábrea, Novo Aripuanã, Canutama, Manicoré, Parintins, Barreirinha, Nhamundá, Boa Vista do Ramos e Maués.
Dados relacionados às primeiras semanas de atuação já mostram diminuição do número de ocorrências, de acordo com o Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM).
“Já estamos com um efetivo robusto de bombeiros militares em todo sul do Amazonas, liderando essas equipes de brigadistas em todos aqueles municípios, de maneira que o reflexo é a diminuição substancial dos incêndios florestais naquela região. Ano passado [2021], no final de julho, nós tivemos quase 1200 focos de calor e esse ano não chegamos a 300, e isso se dá muito pela presença do poder público lá”, afirmou o comandante-geral do CBMAM, coronel Orleilso Muniz.
Além da capacitação, o Corpo de Bombeiros também garantiu estruturas aos brigadistas como viaturas de combate à incêndios, autotanques, viaturas picapes equipadas com kits para combater os incêndios. Por meio da Sema, os bombeiros receberam, ainda, mais de cinco mil itens de combate ao fogo, para intensificar o trabalho dos brigadistas.
“É um impacto bastante positivo, não só dando oportunidades de a gente combater às queimadas, isso contribui em larga escala para reduzir pressão em hospital, problemas de saúde, além, obviamente, da proteção que a gente tem ao nosso bioma. Mas o mais importante é esse impacto positivo, econômico e social na vida dessas pessoas, e com certeza, também vai ter um impacto positivo na vida e na economia desses municípios”, destacou o titular da Sema.