O Distrito Industrial de Microempresas e Empresas de Pequeno Porte do Amazonas (Dimpe) Ozias Monteiro Rodrigues vai ser reestruturado, anunciou o Governo do Amazonas. Atualmente com mais de 20 galpões em funcionamento, o espaço deve ser ampliado com o objetivo de atrair mais empreendimentos e aumentar a geração de empregos no local.
No Dimpe, os permissionários produzem os mais diversos produtos, desde colchões, móveis a partir da madeira manejada, óleos, essências, geleias naturais, dentre outros. A meta é ampliar a geração de emprego, que atualmente gira em torno de 300 postos de trabalho.
As informações são da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), que realizou visita técnica no espaço.
“O governo sente-se muito gratificado em poder contribuir com projetos como estes. E é com este espírito que estamos visitando os estabelecimentos consolidados dentro do Dimpe. Nossa meta é, a médio prazo, ampliarmos o número de emprego e renda neste estabelecimento”, disse o titular da Sedecti, Angelus Figueira.
Participaram da comitiva o titular da Sedecti, Angelus Figueira, o secretário executivo de Desenvolvimento e Gestão Estratégica, Valdenor Cardoso, a auditora Samantha Chíxaro e o assessor Rafael Brandão.
Recentemente, a Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), aprovou o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) n° 13/2022, de autoria do deputado Adjuto Afonso (UB), que repassou a gerência do Dimpe à Sedecti, com a missão de reorganizar o setor que gera emprego e renda na capital.
Em seus argumentos, o autor da propositura, considerou que “o Dimpe estava sob a coordenação da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), com a interveniência da Fundação Universitas de Estudo Amazônicos/F-UEA, o que era inviável, pois trata-se de um setor de desenvolvimento econômico, não educacional”, consta no documento.
Modelo
Na opinião de Valdenor Cardoso, o Dimpe é um belo projeto com excelentes conceitos, e o poder público vai incentivar com fomento e estrutura de funcionamento (galpões e parte elétrica) às pequenas empresas industriais que não tem capital para viabilizar ou construir infraestrutura produtiva.
“A exemplo do setor primário, onde 98% dos agricultores do Amazonas são micro e pequenos, assim também é a pequena empresa industrial que trabalha com matéria-prima da região, desde essências, óleos vegetais, geleias de cupuaçu, açaí e pimentas regionais. E essas empresas são responsáveis pela geração de 89% dos empregos no Amazonas e que precisam do nosso apoio para funcionar”, destacou Cardoso.
Ainda segundo o secretário executivo, esse modelo de distrito é praticado em todos os países do mundo, e também é viável para o interior do Amazonas, que pode ser trabalhado a partir das matérias-primas disponíveis, a exemplo da madeira manejada, do pescado de captura e artesanal, de pequenos animais, das marcenarias, das serralherias, entre outras atividades.
Função
O Distrito Industrial de Microempresas e Empresas de Pequeno Porte do Amazonas – Dimpe Ozias Monteiro Rodrigues foi inaugurado no dia 12 de dezembro de 2008, e planejado com a missão de aumentar a competitividade das empresas do setor de micro e pequenas empresas, agregando maior oferta de emprego e renda na capital.
O Dimpe funciona nos moldes de um condomínio empresarial, com lotes urbanizados, dotados de infraestrutura completa que inclui central de secagem, unidade de tratamento de resíduos e líquidos, rede de esgoto, sistema de abastecimento de água, terraplenagem, drenagem pluvial e guarita. O complexo comporta galpões industriais, cada um com uma área de 450 metros quadrados de área construída, localizado no quilômetro 8, da Estrada do Tarumã, zona oeste de Manaus.