A Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) completa, nesta segunda-feira (29/08), uma década de atuação incansável na execução da política estadual de defesa agropecuária no Amazonas. Responsável por preservar o patrimônio animal e vegetal, no Estado, a autarquia, apesar dos desafios, entre eles a pandemia de covid-19, completa dez anos de conquistas e perspectivas para o futuro.
Composta pelas Gerências de Defesa Animal (GDA); Vegetal (GDV); de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Gipoa); e de Agrotóxicos e Insumos Veterinários (Gaiv), a autarquia, vinculada à Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror), passou por grandes transformações, entre elas o reconhecimento de 13 municípios amazonenses como zona livre de febre aftosa sem vacinação; conquista que ampliou o mercado para a carne produzida no Estado e foi reforçada pelo alcance da certificação internacional junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Em 2021, a autarquia obteve adesão ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA), que permitiu, por meio da equiparação do Serviço de Inspeção Estadual (SIE) ao selo nacional, que produtores certificados possam comercializar seus produtos para todo o Brasil.
Atuação incansável
Por meio da GDA, a Adaf previne, controla e atua na erradicação de doenças através da execução de programas voltados à saúde dos bois, búfalos, cavalos, porcos, caprinos, ovinos, aves, abelhas e animais aquáticos. Duas das ações da autarquia com maior destaque são as campanhas de vacinação contra Febre Aftosa e Brucelose.
No âmbito vegetal, a Adaf, por meio da Gerência de Defesa Vegetal (GDV) garante a seguridade da origem e sanidade dos produtos vegetais. Para isso, a autarquia controla o trânsito de vegetais no Amazonas prevenindo a entrada ou disseminação de pragas e promovendo ações de educação fitossanitária. Impedir a entrada da mosca-da-carambola, HLB e Ferrugem Asiática da Soja estão entre as prioridades no Estado.
Através da Gerência de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Gipoa), setor da Adaf responsável pelo Serviço de Inspeção Estadual do Amazonas (SIE-AM), acontece a fiscalização e inspeção sob o ponto de vista industrial e sanitário de todos os produtos de origem animal do Estado, como carnes, ovos, leite, pescados, mel e os seus derivados, assegurando deste modo, a qualidade e inocuidade dos alimentos que chegam à mesa do consumidor.
No que se refere aos agrotóxicos e insumos veterinários, a Adaf, por meio da Gerência de Agrotóxicos e Insumos Veterinários (Gaiv), é responsável por fiscalizar o comércio e o uso de agrotóxicos, assim como a distribuição de vacinas realizada pelas revendas agropecuárias privadas e pelo Idam no Amazonas.
Perspectivas
O diretor-presidente da Adaf, Alexandre Araújo, afirma que olhando para os dez anos de trabalho desenvolvidos pela Adaf muitas são as perspectivas para o futuro da autarquia e de seus servidores. Um dos desafios a serem superados nos próximos anos, afirma, é atender o preconizado pelo Plano Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (Pnefa), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e garantir a retirada da vacinação da febre aftosa do rebanho até o ano de 2026.
“Nossa intenção era que o Estado do Amazonas suspendesse a vacinação contra febre aftosa em novembro de 2022, nos 49 municípios onde a imunização ainda ocorre, mas a pandemia precisou adiar esse prazo. Com a normalização das atividades, graças à redução do impacto da pandemia, estamos trabalhando para pleitear para essas cidades o status sanitário nacional ‘livre de febre aftosa sem vacinação’ assim que possível, e o reconhecimento internacional desse status junto à OIE até 2026”, diz o diretor.
Alexandre destaca ainda que, nesta data, reconhecer o esforço hercúleo dos servidores da Adaf é essencial. “Temos servidores capacitados e comprometidos a oferecer o seu melhor para preservar o patrimônio animal e vegetal do Estado e resguardar a saúde pública”, destacou.