O projeto visa agregar valor, incentivar o cultivo e o consumo das frutas pela população
Pupunha, buriti, biribá, cubiu, maracujá-do-mato e abiu estão no cardápio das frutas analisadas em uma pesquisa coordenada pela doutora em Química, Lyege Magalhães, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (Ifam). O estudo busca desenvolver bebidas funcionais à base de frutas amazônicas, com propriedades antioxidantes, capazes de auxiliar na prevenção de doenças relacionadas à saúde intestinal, assim como contribuir para o fortalecimento da imunidade.
A pesquisa, apoiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), via programa Amazônidas – Mulheres e Meninas na Ciência, estuda as espécies mais promissoras para elaboração de bioprodutos, por meio da avaliação do perfil, composição química e propriedades físico-químicas dos alimentos. No estudo, em andamento, a pupunha e o maracujá-do-mato têm se destacado, apresentando potencial para propriedades prebióticas e antioxidantes.
“As superfrutas que estão sendo estudadas nesse projeto foram elencadas com base na revisão da literatura, através da qual se buscou frutos de espécies ou gêneros que estão associados a compostos bioativos ou com potencial para propriedades prebióticas e antioxidantes. Alguns desses frutos são bem conhecidos e consumidos pela população regional, sendo frequentemente comercializados em feiras livres”, revelou a pesquisadora.
Além de contribuir para a obtenção de dados científicos, a pesquisa também colabora para valorização de frutos regionais, como alternativa de alimentos funcionais, que promovam a saúde e o bem-estar da população, pelo consumo dos frutos in natura ou, até mesmo, pela ingestão de bebidas à base desses alimentos.
Formação
Outro ponto considerado importante no projeto tem sido a formação de recursos humanos, por meio da capacitação de alunos da graduação e pós-graduação. A equipe da pesquisa intitulada “Superfrutas da Amazônia: Bioativos com propriedades prebióticas e antioxidantes” é formada majoritariamente por pesquisadoras mulheres.
Além de cientistas do Ifam, o projeto também conta com a participação de pesquisadores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade Federal de Viçosa (UFV).