O palco do Teatro Amazonas recebeu, nesta quarta-feira (27/07), grandes nomes nacionais e regionais da cena do Jazz. A décima edição do Amazon Green Jazz Festival abriu espaço para artistas premiados, como o estadunidense Randy Brecker e o Trio Corrente, juntamente com a anfitriã do festival, a Amazonas Jazz Band.
Nesta noite, foi a vez do Trio Corrente dar início às apresentações. O grupo nasceu em 2001, com a união entre o baterista Edu Ribeiro, o pianista Fábio Torres e o contrabaixista Paulo Paulelli. Com mais de sete álbuns gravados, o trio tem se consolidado como um dos grupos mais importantes do Brasil. E vem conquistando o público com seu repertório autoral, baseado em clássicos do choro e da MPB.
O Trio Corrente, vencedor de um Grammy Latino, animou a plateia do Teatro Amazonas com produções autorais do álbum recém-lançado “Sincronia”, e outras conhecidas da música brasileira.
“Nós acabamos de voltar de uma turnê na Europa, onde nós tocamos bastante esse repertório. E o repertório do trio sempre é mesclado entre composições nossas – porque os três são compositores – e arranjos que a gente faz de músicas conhecidas, da música brasileira. Está bem variado, bem diversificado”, afirmou o baterista, Edu Ribeiro.
Antes de entrar no palco, o pianista Fábio Torres falou sobre a emoção do grupo em retornar a Manaus, desta vez na companhia de grandes nomes do Jazz nacional e mundial.
“Acho que a gente está muito contente, muito ansioso, sabe garoto quando vai comer um chocolate? A gente tá assim. Manaus é uma cidade vibrante, quente em todos os sentidos, a gente sente essa energia, já tocamos aqui e eu tenho certeza que hoje vai ser uma noite energética”, afirmou.
O evento seguiu com a apresentação da Amazonas Jazz Band junto aos convidados especiais Rodrigo Ursaia e o vencedor de sete Grammy Awards, o trompetista e flugelhornista Randy Brecker, que por mais de 40 anos ajudou a moldar o som do jazz, R&B e rock em todo o mundo.
Na regência de Rui Carvalho – também diretor artístico do evento -, a Amazonas Jazz Band acompanhou os artistas, em um grande espetáculo que encantou o público manauara e, também, quem veio de outros estados, como o sociólogo Fábio Lanza, de 46 anos, natural de Londrina (PR).
“Eu já estive outras vezes aqui em Manaus, e já conhecia o Teatro, mas é a primeira vez que nós tivemos a oportunidade de participar do festival e de acompanhar um espetáculo. Então, na realidade, é uma expectativa imensa, porque esse lugar não era para os trabalhadores, e hoje, nós, trabalhadores, conseguimos conquistar o nosso espaço”, relatou.
Fábio Lanza, também professor universitário, falou da importância da realização do festival para o Amazonas, de o estado seguir abrindo portas e oportunidades para grandes eventos culturais.
“Acho que isso indica o quanto nós temos que avançar, superar as desigualdades e entender o quanto o estado do Amazonas está à frente de muitos outros estados, que entende o quanto a arte e a democracia são quesitos importantes neste ano”, frisou Lanza.