“Esse parque significa muita coisa, significa uma nova vida, um novo astral”. Esse é o depoimento da autônoma Ruth Pereira, 59, moradora há mais de 20 anos da Praça 14 de Janeiro, na zona sul de Manaus, vizinha do novo Parque das Araras, inaugurado na semana passada e que transformou a paisagem urbana na região.
A área, que era considerada de risco, no igarapé do Mestre Chico, sujeita à desabamento e alagação, foi transformada em um ambiente familiar, exemplo de preservação à natureza. As obras foram realizadas pela Unidade Gestora de Projetos Especiais do Governo do Amazonas (UGPE).
“Isso aqui era um igarapé muito feio, cheio de lixo. É uma construção muito bonita, ficou muito bom essa parte de segurança, o ambiente para a saúde da gente, tudo isso representa”, disse a moradora.
Joelma Pinheiro, 47, também é vizinha do parque. Para a cuidadora de idosos, a construção se tornou um sonho realizado que passará de geração em geração “Nunca imaginei que isso aqui pudesse acontecer. Se cada um fizer sua parte, vai ser para toda a vida, para os filhos, para os netos e bisnetos”.
Com quadra de esporte, playground, academia ao ar livre e área verde, o Parque das Araras se tornou sinônimo de dignidade e qualidade de vida para quem mora no entorno. Além disso, todo o ambiente é instagramável, com muros embelezados por pinturas em grafite.
A construção faz parte de um conjunto de intervenções complementares realizadas pelo Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus e do Interior (Prosamin+).
“Nós temos aqui muitos benefícios. A questão da saúde, as famílias saem daquele contato direto com a água poluída, com o lixo, diminuindo as doenças de veiculação hídrica. Aqui também será uma área mais segura, iluminada, onde a polícia pode fazer rondas, além do lazer e do esporte que também promovem a saúde”, explicou Marcellus Campêllo, coordenador executivo da UGPE.
O nome “Parque das Araras” é uma homenagem aos casais de aves que passeiam pelo lugar. Durante a construção, um conjunto de árvores foi preservado, dentre as quais está um apuizeiro (fícus trigona) de mais de 25 anos, considerado lar dos pássaros.