Os olhares do mundo científico estão voltados à busca por alternativas de tratamento das sequelas deixadas pela Covid-19. No Amazonas, o Centro de Pesquisas Gerontec, da Fundação Universidade Aberta da Terceira Idade (FUnATI) avançou com os estudos destinados aos idosos, faixa-etária mais vulnerável ao vírus.
“Nós sabemos que os idosos passaram por um período muito difícil na pandemia. Também está sendo assustador pela quantidade de sequelas que ficaram. Então, nós desenvolvemos uma escala que não existe, ainda, em nenhum sistema de saúde, que ainda está em fase de teste, para verificarmos como está o nível de sequelas desses idosos aqui no Amazonas”, revelou Verônica Azzolin, 30, bioquímica e coordenadora de pesquisa do Gerontec.
A experiência consiste, ainda, no desenvolvimento de um produto nano tecnológico que atualmente está inscrito em um edital da Fundação de Amparo e Pesquisas do Amazonas (Fapeam).
Anteriormente, testes e análises clínicas eram realizados em laboratórios de universidades parceiras, pela falta de estrutura física. Com investimentos na ordem de R$ 874,6 mil, a equipe de pesquisadores da unidade passou a contar com equipamentos de última geração, além de um complexo dividido em 20 salas de pesquisa, classificação e distribuição de amostras, hematologia, bioquímica, uroanálise, limpeza e secagem, coleta e preparo de reagentes.
“Antigamente, todas as pesquisas que nós fazíamos aqui, todos os testes tinham que ser desenvolvidos em outras universidades, porque nós não tínhamos estrutura física para qual, no entanto, hoje a gente consegue fazer isso aqui”, comentou a bioquímica.
Referência
Localizado na sede da FUnATI, na avenida Brasil, bairro Santo Antônio, zona oeste da capital, o Centro de Pesquisas Gerontec é o primeiro laboratório de biogenômica da Região Norte do Brasil e foi construído pelo governador Wilson Lima.
Além de investigar e promover ações efetivas de saúde para os pacientes com sequelas da covid-10, o centro de pesquisa realiza análises voltadas ao envelhecimento humano, cuidados para melhor qualidade de vida na terceira idade, além da relação entre a biodiversidade amazônica e a longevidade.