Desde que chegaram ao Amazonas, em 2006, as fábricas de tampas de latas de alumínio para bebidas de Manaus já fazem parte do maior aglomerado de produção deste produto no mundo. Atualmente, a capital do Amazonas conta com três fábricas – empresas Ardagh, Ball e Crown Embalagens.
“A lata vive um momento único. E Manaus é a cidade que se tornou um polo produtor de tampas de latinhas do mundo, e irá se firmar ainda mais com essa nova unidade em 2023”, destaca o presidente da Abralatas (Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio), Cátilo Cândido.
Desta vez, o anúncio vem da empresa Canpack, que confirmou o investimento de mais de R$ 250 milhões para sua nova unidade de produção de tampas, com início das obras de construção previsto para 2023.
Durante visita às três fábricas de tampas instaladas na capital amazonense – Ardagh Group, Ball e Crown – o presidente da Abralatas destacou a importância logística de Manaus na produção nacional de latas, uma vez que a cidade responde, atualmente, por mais de 80% da produção total deste componente da embalagem, que, somente no ano passado, vendeu mais de 33 bilhões de unidades.
De acordo com ele, o crescimento do consumo da lata no Brasil vai beneficiar o Amazonas, principal produtor de tampas. “Quanto mais latas consumidas, mais tampas serão necessárias”, enfatizou o presidente da Abralatas.
Além da nova fábrica, as empresas já instaladas têm aumentado suas linhas de produção, com maquinário mais moderno e eficiente. Com isso, a expectativa é que Manaus salte das atuais 25 bilhões de tampas produzidas por ano, para 37 bilhões de tampas produzidas somente na capital manauara em 2023. Isso representa um aumento de 45% de produção em 1 ano gerando novas oportunidades de renda, empregos e geração de impostos.
Crescimento com sustentabilidade garantida
Considerada a embalagem mais sustentável do planeta, por ser comprovadamente a mais reciclável com elevados índices de reciclagem, a produção da lata de alumínio vem acompanhada das boas práticas em ESG. “Representamos um setor que acredita na produção consciente como único caminho”, afirma Cátilo Cândido.
As vendas do setor de latas de alumínio para bebidas no Brasil cresceram 81% na última década (2011 a 2021) com uma média de crescimento de 8% ao ano nos últimos 5 anos. Mesmo com aumento acelerado de vendas, o índice de reciclagem de latas no Brasil é um dos maiores do mundo: em 2021 quase 99% do total de latas consumidas foram recicladas e voltaram para o mercado num prazo médio de 60 dias.
Tampa e corpo da lata são produzidos em unidades fabris diferentes
Atualmente, há 25 fábricas de latinhas espalhadas pelo país, 19 voltadas à produção do corpo da embalagem e 6 para a produção de tampas, sendo três delas em Manaus.
Tampa e corpo da lata não são fabricados na mesma linha de montagem. São feitos separadamente e a tampa é recravada no corpo da latinha no fabricante de bebida (refrigerante, cerveja, chá, energético, suco, vinho, cachaça).
O processo envolve minuciosas operações de conformação do metal para a formação dos relevos, do rebite para sustentação do anel e da linha de corte que permite a abertura da tampa. Trata-se de uma etapa extremamente complexa e que exige rigoroso controle.