A Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon) chama a atenção para a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento do câncer colorretal. A doença é o segundo tipo de tumor que mais mata homens e mulheres no Brasil – são mais de 40 mil pessoas ao ano.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), são estimados para o Amazonas 230 novos casos de câncer colorretal para o ano de 2022, sendo 120 em homens e 110 em mulheres, acometendo pacientes com mais de 45 anos ou pessoas que tenham casos na família.
Conforme pontua o chefe do serviço de Endoscopia da Fundação Cecon, médico especialista em Endoscopia, Marcelo Tapajós, os avanços tecnológicos e o uso de aparelhos mais sofisticados têm contribuído com o diagnóstico precoce da doença. Ele cita, por exemplo, aparelhos de endoscopia que permitem a identificação e o tratamento das lesões de forma segura e eficaz.
Doença – O câncer colorretal atinge o intestino grosso, chamado cólon, e no reto – final do intestino, antes do ânus –, explica Tapajós. Segundo ele, os tumores começam a partir de pólipos, que são lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso, onde se transformam em câncer.
Segundo o médico especialista, são fatores de risco para o desenvolvimento da doença o sedentarismo, o consumo excessivo de alimentos industrializados – principalmente carnes processadas, que possuem alto teor de gordura –, tabagismo e alcoolismo, além de pouca ingestão de alimentos ricos em fibras.
“A retocolite ulcerativa – inflamação do intestino que causa cólicas e diarreia – é um dos fatores de risco para o desenvolvimento do câncer colorretal, assim como a doença de Crohn – inflamação crônica que afeta todo o sistema digestivo, que compromete todas as camadas da parede intestinal”, alerta Tapajós.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito por meio da colonoscopia, exame minimamente invasivo que analisa o intestino grosso e o reto.
Os principais sintomas são presença de sangue nas fezes, dor e cólica na barriga, sensação de que o intestino não é completamente esvaziado, perda de peso rápida e não intencional, anemia, cansaço e fraqueza.
O tratamento pode ser endoscópico, com a remoção do tumor por meio da colonoscopia ou, nos casos mais avançados, pode ser necessário cirurgia, quimioterapia e radioterapia.