Ana Sena
Apontado como um dos líderes da facção Família do Norte (FDN) e mandante de crimes como homicídio, tráfico de drogas, roubos, entre outros, Geomison de Lira Arante, o “Roque”, teve seu pedido de redução de pena negado por unanimidade pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O despacho foi divulgado na última segunda-feira (14/03), após a decisão dos ministros da quinta turma da Corte. O acusado foi condenado a 12 anos e três meses de prisão pelo crime de financiar e integrar organização criminosa.
De acordo com a decisão do STJ, Geomison é apontado como um dos principais integrantes do segundo escalão da FDN, incumbido de cumprir com as diretrizes do conselho da organização, bem como de efetuar a distribuição de grande quantidade de entorpecentes em Manaus.
Ainda segundo o despacho, o “Roque” operava de dentro do presídio da capital amazonense como um verdadeiro tribunal do crime, com acesso a aparelhos telefônicos. De dentro da unidade prisional, o acusado determinava ou autorizava diariamente a prática de crimes gravíssimos como assassinatos, roubos, sequestros, torturas, lavagem de dinheiro, extorsão, segundo a Justiça.
O acusado foi transferido para presídio federal em novembro de 2015, após a operação La Muralla da Polícia Federal, que desmantou a organização criminosa. Em 2020, “Roque” voltou para unidade prisional em Manaus, onde cumpre pena no Instituto Penal Antônio Trindade (IPAT).
