Jhemisson Marinho
As negociações salariais para os trabalhadores da região Norte não foram muito positivas neste início de ano. Mais da metade das datas-bases ficaram abaixo da inflação no acumulado de janeiro e fevereiro. Este é o segundo pior resultado no País, atrás apenas dos trabalhadores do Centro-Oeste, conforme dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
A inflação é um termo usado para o aumento dos preços na economia, ou seja, quando produtos e serviços ficam mais caros.
Em janeiro e fevereiro, 52,3% dos reajustes ficaram abaixo do INPC, que é o índice de inflação usado como base para a correção salarial em todo o País. Para comparar, a média brasileira foi de 36,7%. Neste comparativo, quanto menor o número, melhor para o trabalhador.
O INPC é calculado todo mês pelo IBGE para medir o impacto da subida nos preços para as famílias mais pobres, ou seja, aquelas com rendimento mensal de 1 a 5 salários mínimos. É este índice que é utilizado também para calcular o salário mínimo.
Quando o reajuste salarial fica abaixo desse índice, significa que o dinheiro do trabalhador teve uma perda no período analisado, ou seja, os produtos ou serviços tiveram um aumento maior que o do trabalhador.
Ganhos – Se a maioria dos reajustes ficou abaixo da inflação, algumas categorias tiveram um aumento que superou o INPC. Mas mesmo aqui, o desempenho não foi muito positivo para trabalhadores do Norte.
Apenas 20% das correções salariais superaram a inflação, o que representou o pior desempenho em nível nacional. No Brasil, a média foi de 32%. Neste comparativo, quanto maior o número, melhor para o trabalhador.