Com mais de 152 milhões de brasileiros conectados, a pandemia da Covid-19 acelerou um comportamento de compra já esperado com a evolução da tecnologia, e estilo de vida. Se pessoas já utilizavam o computador para realizar compras de produtos, o celular ganhou mais protagonismo, respondendo a 60% das compras em 2021, segundo estudo realizado pelo E-bit.
E o volume de compras, que antes era restrito aos produtos de tecnologia, vestuário ou decoração, chegaram as prateleiras dos supermercados. Uma pesquisa realizada pela Bain & Company mostrou que, 76% dos consumidores brasileiros passaram a fazer compras de mercado online na pandemia motivados pela economia de tempo em não precisar sair de casa, a menor exposição ao vírus e acesso a mais oferta e promoções.
Os e-groceries, ou as compras de comida pela internet, passaram a ganhar mais forma ao longo de 2020 e, em 2021, registrando um crescimento expressivo nos milhões de carrinhos de compra virtuais de alguns e-commerce tradicionais.
Mas, por que algumas pessoas ainda procuram pelas lojas físicas? Por causa do tempo e da variedade. Os consumidores querem receber suas compras de forma mais rápida, com produtos frescos, e encontrar na internet, a mesma variedade de produtos e preços das lojas físicas. Um verdadeiro desafio para algumas empresas de e-commerce de varejo.
A Capterra, plataforma mundial de análise de softwares, entrevistou 1.063 pessoas para entender a expectativa de entrega de suas compras e, 95% dos consumidores, gostariam de reduzir os prazos de entrega. A pesquisa também trouxe um recorte em relação ao prazo de entrega e compras de supermercado, 33% ocorrem em menos de um dia, e 30% em menos de 1 hora.
Mirando o potencial de público e modelo de sucesso na Colômbia e México, o Merqueo, app de supermercado online, chegou ao Brasil com a proposta de controlar a logística de ponta a ponta, disponibilizar uma grande quantidade de produtos, devido ao contato direto com fornecedores e grandes marcas, e oferecer entregas programadas ou até em 60 minutos, em virtude da estrutura de um galpão central, diversas dark stores e entregadores próprios, que impacta, diretamente, e de maneira positiva, toda experiência de compra.
Com meio milhão de usuários e mais de 1.600 colaboradores na América Latina, a empresa vai investir US$ 20 milhões em seu primeiro ano de operação no Brasil.
“A ideia é ter o maior número possível para estar mais próximo do usuário e agilizar os prazos de entrega. Queremos mostrar que é possível ter o serviço de supermercado online otimizando tempo, garantindo uma ampla variedade de produtos e melhorando, como um todo, a experiência de compra do consumidor”, explica Rodrigo Brisolara, diretor de operação do Merqueo Brasil.
Gigantes do e-commerce como Amazon, que tem entregadores próprios, e o Mercado Livre, que vem investindo em novos centros de distribuição, inclusive inaugurou durante a última Black Friday, um exclusivo para itens de grande porte, como eletrodomésticos, são exemplos de empresas que seguem investindo na jornada da compra, e vêm reduzindo seus prazos de entrega.
Com a ampliação da operação do Merqueo no país, a tendência é acompanhar um período de evolução no e-commerce de alimentos em relação aos prazos, mas também em ofertas e promoções. “Nosso modelo de negócio permite oferecer diversos benefícios, entre eles cashback, entrega grátis e descontos competitivos em vários produtos”, completa Brisolara.