Tecnologia desenvolvida pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), tem aplicação em pavimentos rodoviários, pistas de pouso e usinas nucleares
Desenvolver um material com alto grau de dureza, resistente e atóxico para ser usado na indústria petrolífera e na construção civil. Esse foi o objetivo do bolsista da CAPES, Meysam Mashhadikarimi, durante o seu doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Mashhadikarimi conta que sua pesquisa resultou na criação de um produto composto a partir da junção do pó de diamante com o nióbio para confecção de ferramentas diamantadas. “Substituímos o cobalto pelo nióbio com o objetivo de diminuir as falhas das ferramentas e aumentar a sua vida útil”, pontua.
A mistura dessas duas substâncias permite que o novo material tenha características singulares e valiosas para o setor da construção civil. “O corpo de diamante sinterizado com ligante de nióbio puro tem ausência de porosidade e maior dureza, fatores que, juntos, resultam em maior resistência ao desgaste”, explica. A nova tecnologia pode ser usada na renovação de estradas e pistas de aeroportos, na modernização de metalúrgicas, usinas nucleares, pontes e outras estruturas, devido às suas características.
Além disso, a substituição do cobalto, utilizado nas ferramentas convencionais, pelo nióbio, traz outra vantagem: um produto atóxico. Isso reduz o risco de contaminação dos operários durante o manejo das máquinas. O trabalho, já patenteado, teve sua capacidade inventiva e aplicação industrial reconhecida.