Com o aumento de internações de pessoas com sintomas gripais no mundo todo, várias dúvidas começam a surgir, sobretudo, em relação às novas variantes da covid-19 e, também, as variantes da influenza.
Isso acaba ocorrendo devido ao fato de que todas elas possuem sintomas bastante semelhantes e até que seja comprovado com o que realmente a pessoa está infectada, muitos questionamentos acabam surgindo e levando um número alto de pessoas nos hospitais públicos e privados.
O H3N2 é um dos subtipos do vírus Influenza A, que causa a gripe comum e, os sintomas causados pelo H3N2 são os mesmos tipicamente observados nas gripes. A infectologista do Sistema Hapvida, Silvia Fonseca, fala sobre algumas diferenças entre as variantes da H3N2 e a flurona.
“Esse vírus H3N2 nada mais é que uma variante do vírus da gripe que a gente tá acostumado a ter, que todo ano a gente tem isso que chamamos de gripe sazonal causado pelos vírus influenza. A H3N2 é uma variante que se impôs agora no final do ano de 2021 e começo de 2022. Os sintomas são os mesmos da gripe: dor no corpo, febre alta, dor de garganta e tosse. A prevenção se dá tomando a vacina da gripe que deve chegar para 2022 por volta de março. Enquanto a vacina não chega devemos continuar usando máscara, álcool em gel e distanciamento social. Porque aí a gente vai prevenir não só do H3N2, mas também da covid-19”, destaca a infectologista.
Há também aqueles casos de pessoas que tiveram uma coinfecção de H3N2 e coronavírus. Estes casos são chamados de flurona, uma combinação de flu (termo popular para a gripe em inglês) e coronavírus. Nesse caso, a infectologista também faz um novo alerta.
“Pois é, agora além da covid, nós temos a flurona, mas o que é isso? A gente tem que entender que o vírus da influenza acontece todo ano, não aconteceu em 2020 e 2021 porque a gente fez todas aquelas medidas de proteção contra a covid que também serve para os vírus da gripe que é o influenza, que foram o uso de máscara, distanciamento social, higienização das mãos. Mas com o relaxamento dessas medidas, o vírus da influenza que acontece todos os anos, passou a acontecer também. Como a maneira de transmitir é muito parecida, tanto para gripe quanto para covid, a gente está vendo as duas coisas acontecendo ao mesmo tempo. E se torna difícil a gente diferenciar uma da outra, então as pessoas podem ter febre, dor de garganta, tosse e dor no corpo. Normalmente, a gripe acontece de uma hora pra outra, com sintomas repentinos, já a covid demora um pouco mais para dar sintomas, que são a falta de ar e a dificuldade para não respirar normalmente. O mais importante nisso é sempre consultar um médico, seja presencial ou pela telemedicina, para saber se você está realmente correndo perigo de vida”.
Estamos vivendo uma pandemia de covid-19 e uma epidemia de influenza H3N2. As formas de prevenção são as mesmas que adotamos desde o início da pandemia, mas, principalmente, a vacina. A vacinação nesse caso é a mais importante visto que estamos tendo essa epidemia porque possivelmente vacinamos pouco. A cobertura vacinal da Influenza foi a menor em 2021 e isso também influenciou na circulação desse vírus.