O Indicador Mensal de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), nesta segunda-feira (31/01), apontou recuo de 1,6% em novembro frente a outubro de 2021, na série com ajuste sazonal. Com esse resultado, o trimestre móvel terminado em novembro apresentou recuo de 2,1%. Em relação aos mesmos períodos de 2020, em novembro, verificou-se expansão de 5,8% e, no trimestre móvel, houve crescimento de 9,9%.
A FBCF é composta por máquinas e equipamentos, construção civil e outros ativos fixos. A evolução do indicador representa o aumento da capacidade produtiva da economia e a reposição da depreciação do estoque de capital fixo. No resultado acumulado em 12 meses encerrados em novembro, os investimentos tiveram expansão de 21,1%. No ano, a alta acumulada é de 19,7%. A evolução da FBCF e de seus componentes pode ser visualizada na tabela abaixo:
O consumo aparente de máquinas e equipamentos apresentou recuo de 3,8% em novembro e encerrou o trimestre móvel com queda de 4,5%. A produção de máquinas e equipamentos destinados ao mercado interno caiu 1,9% em novembro e a importação diminuiu 5,6% no mesmo período. As importações também tiveram redução de 1% no trimestre móvel, enquanto que a produção nacional encerrou o mesmo período com queda de 2,5%. No acumulado em doze meses, o investimento em máquinas e equipamentos registrou um aumento 27,9%.
Os investimentos em construção civil, por sua vez, recuaram 0,3% em novembro na série dessazonalizada. Ainda assim, o setor fechou o trimestre móvel com expansão de 2,4%.
Em comparação com o ano de 2020, verificou-se desempenho positivo de forma generalizada. O destaque ficou por conta do componente de máquinas e equipamentos, que avançou para patamar 11,2% superior ao de novembro de 2020. Enquanto o componente de outros ativos fixos aumentou 6,1%, a construção civil teve crescimento de 5,1%. Na comparação trimestral, os resultados também foram positivos.